Pedro Nuno acusa AD de ter agenda escondida ligada à IL. Livre admite comissão de inquérito à Spinumviva

O secretário-geral do PS acusou a AD de ter uma “agenda escondida que consiste no projeto "de sempre" da Iniciativa Liberal de privatizar parte do sistema público de pensões.
Pedro Nuno acusa AD de ter agenda escondida ligada à IL. Livre admite comissão de inquérito à Spinumviva
JOSE SENA GOULAO

Acompanhe aqui as principais incidências do dia da campanha eleitoral

Bom dia!

A Feira de Espinho será esta segunda-feira de manhã no epicentro da campanha eleitoral para as eleições legislativas do próximo domingo.

Vai lá estar o líder da AD, Luís Montenegro, a jogar em casa, a partir das 10h30. Igualmente natural daquele distrito (de Aveiro), também estará lá o secretário-geral socialista Pedro Nuno Santos, assim como a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real.

Depois a comitiva da AD segue para Trás-os-Montes, estando previstas ações de campanha em Chaves e Vila Real. Já o PS ruma ligeiramente para sul, para Figueira da Foz e Coimbra.

O Chega estará de manhã em Évora e à tarde em Faro.

A Iniciativa Liberal dedica o dia ao Algarve, com uma visita a uma empresa de biotecnologia de Olhão e um jantar comício num restaurante de Albufeira.

O Bloco de Esquerda começa o dia em Loulé, com um encontro com moradores que lutam pelo direito à habitação, e acaba em Peniche, com uma visita ao memorial do forte de Peniche, em homenagem aos presos políticos e à resistência antifascista.

A CDU tem agendadas visitas à Escola Artística António Arroio e um contacto com profissionais de saúde em Lisboa da parte da manhã, encontros com profissionais da Cultura e com a população à tarde em Almada e um comício à noite em Alpiarça.

O Livre arranca a semana com uma deslocação de autocarro da Pontinha ao Arco do Cego para apresentação de propostas sobre corredores BUS, em Lisboa, e vai visitar o Refúgio dos Gatos do Bairro, à tarde, no Seixal.

Depois da visita à Feira de Espinho, o PAN estará em Coimbra para ações de campanha que contemplam reuniões com a Associação Académica Coimbra para receber a moção estratégica e Alexandre Matias Correia, do Instituto de Sistemas e Robótica, sobre o projeto das Microgrids, uma visita ao Santuário O Projeto Riza e a participação num debate promovido pelo HeForShe na Universidade de Coimbra.

Montenegro pisca o olho a pensionistas e reformados: "Já não é um piropo de campanha eleitoral"

Luís Montenegro voltou esta segunda-feira a piscar o olho aos pensionistas e reformados, um dos eleitorados que PS e AD mais questão têm feito de disputar publicamente.

“Depois de 12 meses de trabalho intenso, aumentámos rendimentos e demos esperança aos jovens de que vale a pena produzir e confiança aos pensionistas e reformados. Já não é um piropo de campanha eleitoral, são decisões que estão tomadas e em execução, num país a crescer economicamente. Não estamos imunes ao que se passa fora do país, mas estamos aqui para trabalhar em cima da situação”, afirmou aos jornalistas na Feira de Espinho.

A jogar em casa, disse que sentiu "entusiasmo" não só na terra natal mas também "em todo o país", o que faz com que os sociais-democratas estejam “confiantes, tranquilos e motivados”. Ainda assim, "a contabilidade que interessa agora é no domingo à noite”, vincou, tendo tido a uma resposta mais intempestiva a uma pergunta de um jornalista da RTP sobre se está a valer a pena a queda do Governo.

Pedro Nuno diz que AD está "completamente de cabeça perdida" sobre entendimento com IL

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu hoje que dentro da AD estão “completamente de cabeça perdida” relativamente a uma eventual coligação pós-eleitoral com a IL, com PSD e CDS a dizerem “coisas diferentes”.

“Eles estão de cabeça perdida, eles dizem coisas diferentes, na coligação. No PSD querem a IL, o CDS não quer, eles estão completamente de cabeça perdida”, afirmou o líder socialista que falava aos jornalistas no final de uma visita à feira de Espinho, onde momentos depois entrou a caravana da AD.

Pedro Nuno Santos foi questionado sobre os desenvolvimentos das últimas horas, depois do líder da IL ter dito que tinha sido desafiado por lideranças do PSD para uma coligação pré-eleitoral.

“A AD com a IL é uma mistura explosiva do ponto de vista do radicalismo e do ataque ao Estado Social”, afirmou ainda Pedro Nuno Santos.

Lusa

Raimundo aponta como mínimo voltar aos seis deputados eleitos em 2022

O secretário-geral do PCP afirmou hoje em Lisboa que a CDU tem como objetivo mínimo destas legislativas voltar ao resultado das eleições de 2022, com seis deputados eleitos, ao contrário dos quatro conseguidos em 2024.

“Nós, no mínimo, temos o objetivo de voltar aos resultados das eleições anteriores a estas [2022]”, disse Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola António Arroio, em Lisboa.

Para o secretário-geral do PCP, a repetição do resultado de 2022 implicaria “sensivelmente mais 100 mil votos” que a CDU não teve em 2024, acreditando que, mesmo assim, este não é um objetivo ambicioso e até “insuficiente” para aquilo que a coligação que junta comunistas e Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) precisa.

ANDRÉ KOSTERS/LUSA

Para esse reforço de deputados, Paulo Raimundo aponta para possíveis caminhos, como reforçar o número de deputados no Porto, em Setúbal e reconquistar o deputado perdido em Beja em 2024.

Para lá dessa meta mínima, o líder comunista reafirmou a vontade de, nos círculos eleitorais de Lisboa e Setúbal, fazer regressar a representação de “Os Verdes” à Assembleia da República (o PEV tem o número três por Setúbal e o número quatro da lista da CDU por Lisboa).

Mesmo assim, em 2022, a CDU só conseguiu eleger dois deputados por Setúbal e dois por Lisboa, legislativas em que ainda manteve o deputado por Beja.

Apenas em 2019, quando foram eleitos 12 deputados pela coligação, foi possível à CDU ter quatro deputados eleitos por Lisboa e três por Setúbal.

Paulo Raimundo vincou que a CDU tem “razões acrescidas para estar confiante nestas eleições” e ficar acima dos 3,17% alcançados (205 mil votos) em 2024.

“O registo anterior a estas eleições acho que é um registo que é justo que tenhamos. Trazer mais 100 mil votos e reforçar o número de deputados”, acrescentou.

As declarações aos jornalistas procuraram ser interrompidas por um homem que, de forma injuriosa e aos gritos, perguntava a Paulo Raimundo qual a sua posição sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, tendo sido afastado por elementos da campanha.

“O senhor perguntou se eu condenava ou não condenava. Sim, condeno. A resposta é tão simples quanto esta. Nem percebo o alvoroço, sinceramente”, disse o secretário-geral do PCP aos jornalistas, que ainda procurou o homem no final das declarações para lhe explicar a sua posição, mas este já não se encontrava no local.

Lusa

Montenegro irrita-se com jornalista e recusa “distrair portugueses com mexericos políticos”

O presidente do PSD recusou hoje revelar eventuais conversas pré-eleitorais com a IL, dizendo não querer “distrair os portugueses com mexericos políticos”, e criticou a insistência da comunicação social no tema da empresa familiar Spinumviva.

Na feira de Espinho, a caravana da AD não se cruzou com a do PS, que começou no mesmo local, mas meia hora antes, nem com elementos do PPM, PAN e Chega que também andavam na mesma feira.

No final de uma passagem de 40 minutos com muitos jornalistas a tentarem chegar ao pé do primeiro-ministro e líder da AD- Coligação PSD/CDS-PP, Luís Montenegro respondeu a perguntas da comunicação social e foi questionado se entende, ao fim de uma semana de campanha, que “valeu a pena insistir na teimosia de manter a empresa familiar e levar o país para eleições”.

MIGUEL A. LOPES/LUSA

“O senhor não tem mais nenhuma pergunta para me fazer todos os dias? A RTP está empenhadíssima”, afirmou o líder do PSD, que foi depois informado que tinha a SIC a questioná-lo sobre este tema.

“Então é a SIC, pronto, mas eu vi aqui o microfone da RTP que tem sido mais insistente. Mas querem voltar a fazer as mesmas perguntas que faziam há dois meses e há três meses? Sinceramente, eu estou muito tranquilo com isso, ainda ontem estive na SIC, até a responder questões à volta disso”, disse, referindo-se ao programa humorístico de Ricardo Araújo Pereira, não acrescentando mais nada.

Para o também primeiro-ministro, nesta última semana de campanha “o essencial é que as portuguesas e os portugueses tomem uma decisão sobre o seu futuro, deem condições de governabilidade e de estabilidade a um governo que querem continuar o seu trabalho”, considerando que o resto “o resto são manobras para tentar distrair os portugueses de uma avaliação serena”.

Já questionado sobre as afirmações do presidente da IL, Rui Rocha, na véspera, de que tinha sido desafiado pelas lideranças do PSD para uma coligação pré-eleitoral - que recusou -, o Montenegro não respondeu diretamente.

“O que eu propus foi uma coligação aos portugueses para continuarem a acreditar neste governo e é essa que interessa agora. As conversas entre os partidos acho que existem e vão existir sempre, mas não é meu hábito distrair as portuguesas e os portugueses como mexericos políticos, quando aquilo que está em causa são opções estratégicas para o futuro do país”, disse.

Perante a insistência da comunicação social nas questões da governabilidade, Montenegro defendeu que tem sido mais claro do que qualquer outro líder político.

No final destas declarações, foi ainda questionado se há problemas na coligação PSD/CDS-PP, respondendo um breve: “Nada disso”.

Lusa

Mortágua usa habitação como trunfo para captar eleitores do Chega no Algarve

A coordenadora nacional do BE foi hoje a Loulé, em Faro, para realçar que o seu partido “é o único que dá a cara” pelo direito à habitação, numa tentativa de captar eleitores que votaram Chega nas últimas legislativas.

“Eu quero dizer a todos os eleitores do Algarve que há um partido que é o único que dá a cara para proteger o direito à habitação”, afirmou Mariana Mortágua, à margem de uma iniciativa de campanha para as legislativas de dia 18 em Loulé, dedicada ao tema da habitação.

Num distrito ganho pelo Chega nas legislativas do ano passado, ultrapassando PS e PSD, Mariana Mortágua tentou captar votos argumentando que outros partidos, em particular o liderado por André Ventura, “chegam ao Algarve e vêm falar sobre a habitação mas na Assembleia da República andaram a votar os vistos 'gold' que sobem o preço das casas e andaram a votar os benefícios fiscais para estrangeiros ricos que compram as casas no Algarve e a proteger a especulação imobiliária”.

Durante as declarações da coordenadora, chegou a ouvir-se uma vez um grito “Chega”, sintoma da implantação do partido de Ventura neste território, onde o BE candidata como número um José Gusmão, antigo eurodeputado. Os bloquistas ambicionam recuperar a representação perdida neste círculo em 2019.

“E é preciso que todos os algarvios saibam quem é que os defende aqui, com coragem para enfrentar os interesses imobiliários, e quem é que vem ao Algarve contar mentiras e depois na Assembleia da República vota ao lado dos interesses dos bancos, da especulação que lhe está a tirar a casa e a pagar salários baixos. E por isso nós viemos ao Algarve e queremos falar com as pessoas e queremos dizer-lhes, olhos nos olhos, quem é que defende a habitação em Portugal”, argumentou Mariana Mortágua.

Uma das principais bandeiras do partido nesta campanha tem sido a habitação, em particular a proposta de tetos máximos às rendas, e a líder bloquista aproveitou a ocasião para insistir também nas críticas a PS e PSD.

“Isto diz respeito ao Algarve, diz respeito a muitas zonas do país. O maior problema, o maior drama social em Portugal, nós ouvimos PSD e PS a dizer exatamente o mesmo, que é nada. Não têm mais nenhuma solução para a habitação”, lamentou.

Acompanhada pelo cabeça de lista José Gusmão e pela antiga coordenadora do partido e atual eurodeputada, Catarina Martins, Mariana Mortágua juntou-se hoje a uma concentração de habitantes de Loulé que construíram casa em terrenos próprios mas de forma ilegal, que agora a Câmara Municipal quer demolir, obrigando os moradores a pagar.

Estes algarvios argumentam que não tiveram opção e são também vítimas da crise da habitação.

Lusa

Livre defende que será “determinante” numa solução à esquerda

O porta-voz do Livre defendeu hoje que o partido será “determinante” numa eventual solução governativa à esquerda alegando que poderá dar as “propostas de trajeto e mostrará o caminho que se pode fazer”.

“Aqui quem dá as propostas de trajetos e quem mostra o caminho que se pode fazer é o Livre”, afirmou Rui Tavares no final de uma viagem de autocarro entre a Pontinha e o Arco do Cego, em Lisboa, para alertar para os problemas da mobilidade.

Numa mensagem que tem sido habitual nesta campanha eleitoral, Rui Tavares frisou que o Livre tem sido muito claro desde o início ao defender uma alternativa de governação à esquerda para que o presidente do PSD, Luís Montenegro, não continue no cargo de primeiro-ministro.

Leonardo Negrão

E, para isso, entendeu, a esquerda tem de mobilizar as pessoas e dizer claramente ao que vem.

Em sua opinião, os partidos têm de se posicionar, algo que o Livre tem feito ao dizer que está capaz de desempenhar funções executivas.

Ao nono dia de campanha eleitoral, Rui Tavares defendeu que o Livre será determinante numa alternativa à esquerda, motivo pelo qual é importante que fique à frente ou dispute o quarto lugar com a Iniciativa Liberal (IL).

Rui Tavares considerou que, nesse aspeto, a direita é pragmática e assume esse objetivo muito diretamente.

Segundo o dirigente do Livre, à medida que se aproxima o dia 18 de maio está muito claro de que existem duas alternativas de governação uma da Aliança Democrática (coligação PSD/CDS-PP) com a IL e outra do progresso e da ecologia.

E insistiu na ideia de que se a esquerda tiver mais deputados do que a AD e a IL há uma alternativa de governo.

O porta-voz do Livre sublinhou que a ética governativa e a exigência do Livre numa eventual solução à esquerda será “incomparável” com a da AD e IL, ressalvando que a IL só exige ter “uma conversinha” com a AD para juntar os seus programas.

Apelando à mobilização do eleitorado à esquerda, Rui Tavares destacou que a esquerda está cada vez mais perto de superar a direita.

Lusa

Catarina Martins lembra 2015 e diz que “não há impossíveis antes dos votos contados”

A eurodeputada e antiga coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou hoje “não há nenhum impossível antes dos votos contados” e recuou a 2015 para realçar que os bloquistas vão ser sempre “a força que vira o jogo”.

À margem de uma iniciativa de campanha para as legislativas de dia 18, em Loulé, distrito de Faro, Catarina Martins, que acompanhou hoje a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, foi questionada sobre se considera possível repetir a solução parlamentar que juntou PS, BE, PCP e Partido Ecologista “Os Verdes”, apelidada como ‘geringonça’, dez anos depois.

“O que eu sei é que não há nenhum impossível antes dos votos contados. E o que toda a gente sabe em Portugal é que o Bloco de Esquerda vai ser sempre a força que vira o jogo”, respondeu a eurodeputada.

LUÍS FORRA/LUSA

Catarina Martins salientou que a força do BE nesse ano – quando elegeu 19 deputados – “conseguiu o impensável”, numa altura em que “toda a gente ia cortar nas pensões”.

“O PSD tinha cortado, o PS queria manter as pensões congeladas. Era um daqueles temas de que nem se podia falar. Subir o salário mínimo nacional, impossível, a Europa não ia deixar. Em 2015 foi a força do BE que provou que os impossíveis podiam ser possíveis para dar melhores condições de vida neste país. Isso era a verdade há 10 anos, continua a ser agora”, argumentou.

Catarina Martins, que tem sido presença assídua na caravana bloquista pelo país, defendeu o novo modelo de campanha que tem sido adotado pelo partido, sem as tradicionais arruadas, visitas a feiras ou mercados.

“A Mariana está a fazer uma campanha extraordinária, está a ter a coragem de trazer para a campanha os temas concretos da vida das pessoas, onde muitos partidos fogem porque, como sabemos, prometem tudo na campanha eleitoral e depois fazem o contrário quando são eleitos”, criticou.

A eurodeputada, que esteve uma década à frente do partido, fez um apelo direto ao voto porque o BE “é a força em que toda a gente sabe que pode confiar”.

“O BE estará lá no dia seguinte, em qualquer circunstância, para lutar por aquilo que prometeu, para baixar o preço das casas, para haver mais tempo para viver, para os salários serem mais dignos, para haver saúde, educação. O voto no BE foi sempre o voto de confiança em qualquer cenário”, sustentou.

O BE não tem atualmente qualquer deputado eleito por Faro, depois de ter perdido representação neste distrito em 2019. A aposta do partido para cabeça de lista nestas eleições legislativas é o antigo eurodeputado José Gusmão.

Lusa

ADN acusa Governo e UE de defenderem os “interesses da indústria armamentista”

A Aliança Democrática Nacional (ADN) acusou hoje o Governo e a União Europeia de quererem “guerras por procuração” que não defendem a soberania nacional mas os “interesses da indústria armamentista”.

O partido realizou hoje uma ação de campanha em frente à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa onde dispôs sacos do lixo com o nome de pessoas representando mortos em guerra.

“É preciso que expliquem porque é que nos querem empurrar para guerras que não são nas nossas fronteiras, onde nós não estamos a defender a nossa soberania, mas guerras por procuração”, disse a cabeça de lista do ADN por Lisboa, Joana Amaral Dias.

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

A candidata referiu ainda que a Europa foi construída na “matriz da paz” e acrescentou que “a paz pelo comércio foi aquilo que impulsionou a construção da União Europeia”.

Joana Amaral Dias questionou a origem dos fundos para o armento e reiterou que o partido recusa um futuro belicista.

“Também é necessário explicar aos portugueses, tintim por tintim, aonde é que vão buscar esse dinheiro para a guerra, vai ser ao Serviço Nacional de Saúde, que já está tão frágil, à escola pública, às pensões dos idosos?”, interrogou a porta-voz.

Questionada sobre a intenção do ADN de liberalizar o uso e porte de arma para armas não letais, Joana Amaral Dias especificou que tais instrumentos seriam algo como gás-pimenta e ‘tasers’ para a autodefesa, sobretudo de mulheres.

Nas legislativas de 2024 o ADN alcançou 1,58% da votação o que se traduz em 102.132 votos, o que garantiu ao partido um financiamento, por parte da Assembleia da República, superior a 340 mil euros.

Ventura não esclarece posição face a cenários de governabilidade e diz que Chega vai ganhar

O presidente do Chega, André Ventura, recusou hoje esclarecer como posiciona o partido face a diferentes resultados eleitorais, não querendo colocar outro cenário que não o de uma vitória do seu partido.

Questionado sobre o que fará num cenário em que o PS seja o partido mais votado, mas a direita tenha maioria, o líder do Chega considerou que “o e esclarecimento é evidente”.

“É o Chegue a vencer, a liderança do PSD vai mudar e nós vamos dar uma maioria à direita”, afirmou, recusando responder a mais perguntas.

Mais à frente na arruada, os jornalistas insistiram na questão do que fará caso esse cenário de vitória não se concretize e o Chega fique atrás do PSD, mas André Ventura insistiu, apesar de nenhuma sondagem apontar para uma possível vitória do Chega nas legislativas.

“O Chega não vai ficar atrás, o Chega vai vencer as eleições. Ouçam, o Chega vai vencer as eleições deste ano”, voltou a defender.

O presidente do Chega considerou que “os eleitores têm de escolher se querem o mesmo cenário que houve até agora, com o PSD em governo minoritário, com instabilidade, com falta de transparência, com a queda do governo ao fim de um tempo, como aconteceu, ou se querem um governo estável”.

“Por isso é que eu insisto que o governo estável só pode acontecer com uma vitória do Chega à direita”, defendeu, assinalando que o partido poderá ser o partido mais votado em “vários distritos”.

Depois de na última campanha para as legislativas, ter dito que “forças vivas" do PSD que lhe deram a garantia de que haveria um acordo de Governo, com ou sem Luís Montenegro, o que não se concretizou, hoje Ventura considerou também que, “infelizmente agora o PSD não tem muitas forças vivas, só tem forças mortas”.

As imagens da manhã em que (quase) todos os caminhos foram dar à Feira de Espinho

Comitivas da AD e do PS evitaram-se por minutos, PPM e PAN também por lá andaram e houve feirantes a protestar por não poderem trabalhar.

Pedro Nuno acusa AD de ter agenda escondida ligada à IL. Livre admite comissão de inquérito à Spinumviva
As imagens da manhã em que (quase) todos os caminhos foram dar à Feira de Espinho

Pedro Nuno Santos acusa AD de ter uma agenda escondida que converge com a da IL

O secretário-geral do PS acusou a AD de ter uma “agenda escondida que consiste no projeto "de sempre" da Iniciativa Liberal de privatizar parte do sistema público de pensões.

Durante um almoço-comício na Figueira da Foz, distrito de Coimbra, Pedro Nuno Santos voltou a apontar aos riscos de uma coligação entre a AD e a IL para o sistema público de pensões e para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O líder socialista sustentou que a AD com a IL têm um “projeto reforçado”, considerando que não olham para o SNS como olha o PS, mas olham para o “hospital público como olham para o hospital privado e assumem-no”.

“Nós sabemos o que é que eles querem com o sistema público de pensões. As posições deles são conhecidas. Enquanto que a AD tem uma agenda escondida, criou um grupo de trabalho com pessoas que têm uma posição, apesar de tudo, conhecida sobre as pensões, que defendem a privatização parcial, a IL nem a esconde”, afirmou o líder socialista.

Para acrescentar que “o projeto de sempre da IL é privatização de parte do nosso sistema público de pensões e canalizar parte dos nossos descontos para a bolsa de valores”.

“Esse é o projeto deles. Ainda agora, hoje ou ontem, numa entrevista, o líder da Iniciativa Liberal diz que quer rever a legislação laboral porque é preciso flexibilizar”, afirmou Pedro Nuno Santos.

E continuou: - “Está a falar do quê? Diminuir a proteção dos trabalhadores? Diminuir as indemnizações por despedimento? O projeto da AD com a IL é um projeto de ataque ao Estado Social, de ataque aos direitos dos trabalhadores, de ataque aos direitos dos reformados”, salientou ainda.

Considerando que “é isso que está em causa também nesta campanha”.

Pedro Nuno Santos afirmou que o PS sabe que os portugueses vivem com dificuldades.

“Eu ouço o Luís Montenegro a falar e eu sinceramente, ainda hoje, fala como se estivesse tudo bem no país. Nós estivemos hoje no mesmo sítio [feira de Espinho] enquanto ele tinha que procurar as pessoas, as pessoas vinham ter connosco e vinham ter connosco preocupadas com a vida delas porque têm pensões baixas porque têm uma renda alta, porque o senhorio está a ameaçar com despejo porque quer aumentar e eles não conseguem pagar”, referiu ainda.

Pedro Nuno Santos defendeu que “só se consegue resolver o problema das pessoas quando se sente e reconhece que as pessoas têm problemas”.

“Ora, se nós temos um ainda primeiro-ministro que não reconhece que as pessoas têm problemas, como é que algum dia os vai resolver”, questionou ainda.

A última semana da campanha socialista começou na feira de Espinho, onde pouco depois esteve também a AD, mas sem que Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro se tenham cruzado.

Depois da Figueira da Foz, o PS segue para uma arruada e um comício em Coimbra.

Lusa

Rui Rocha recusa ter entrado em mexericos e diz que Montenegro não o pode desmentir

Rui Rocha, líder da IL, recusou hoje ter entrado em mexericos quando disse que as lideranças do PSD o tinham desafiado para uma coligação pré-eleitoral, considerando que está a ser transparente, e afirmou que Luís Montenegro não o pode desmentir.

“Eu, sobre a questão dos mexericos, quero dizer que não se trata disso. Trata-se de ser transparente com os portugueses e de enquadrar os portugueses no contexto de declarações que foram feitas por responsáveis da AD. Não me parece que isso sejam mexericos”, disse Rui Rocha.

O líder da IL falava aos jornalistas durante uma visita a uma empresa de produção de microalgas e sal marinho e reagia às palavras de Luís Montenegro que esta manhã, numa arruada em Espinho, disse não querer “distrair os portugueses com mexericos políticos”, após de, este domingo, Rui Rocha ter dito que tinha sido desafiado pelo PSD para uma coligação pré-eleitoral.

Rui Rocha reiterou que, “antes da campanha, houve a tentativa por parte da AD de integrar a IL noutra plataforma”, e observou que, nas declarações que fez esta manhã, Luís Montenegro não o desmentiu.

“Não é desmentido, porque não pode ser desmentido que houve essa tentativa e essa intenção”, referiu, afirmando que esse desafio foi feito pela “parte mais alta liderança do PSD”.

“Tenho a certeza que não dirão o contrário, nem disseram o contrário”, disse.

Questionado sobre porque é que acha que Luís Montenegro não quis confirmar essas conversações, Rui Rocha reconheceu que as revelações que fez podem ter gerado “algum desconforto”, mas frisou que decidiu fazê-las devido a declarações feitas por “responsáveis da AD”, numa referência ao presidente do CDS-PP, Nuno Melo, que disse que a coligação do seu partido “é com o PSD, não é com mais ninguém”.

“Eu tenho de ser transparente com os portugueses, tenho de dizer que essa insistência aconteceu e que a IL, precisamente porque quer mudar o país, insistiu pela sua parte, e eu próprio na liderança da IL, que era absolutamente impossível fazer outra coisa que não fosse apresentar as nossas ideias ao país, desafiar o país para a mudança”, afirmou.

Rui Rocha reiterou que a IL “não é um partido de protesto” nem “uma solução de Governo para fazer igual ao que a AD fez”, que foi “absolutamente insuficiente”.

“Nós não existimos para passar certificados de bom comportamento à AD. Nós existimos para modificar o comportamento da AD”, disse.

Lusa

Livre admite comissão de inquérito à Spinumviva caso Montenegro seja reeleito

O porta-voz do Livre colocou hoje como hipótese o pedido de uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva, empresa familiar do presidente do PSD, Luís Montenegro, caso este volte a ser reeleito primeiro-ministro.

“Se Luís Montenegro continuar como primeiro-ministro, é claro que nós vamos ter que avaliar a pertinência de uma comissão parlamentar de inquérito e, se outros que são os autores originais dessa ideia não quiserem prosseguir com ela [referindo-se ao PS], o Livre está aberto a avaliar essa hipótese”, revelou Rui Tavares no final de uma visita à Associação Refúgio dos Gatos do Bairro, no Seixal, distrito de Setúbal.

Acompanhado na visita pelo primeiro deputado eleito por Setúbal, Paulo Muacho, o dirigente do Livre assumiu que não é a comissão parlamentar de inquérito que mais vontade tem de propor, alegando que o Livre não é um partido que tem por hábito abusar dessa figura parlamentar.

No nono dia de campanha eleitoral, Rui Tavares reforçou que o Livre referiu, desde o início, que não tinha confiança política no primeiro-ministro porque ele, segundo referiu, recusou dar todos os esclarecimentos sobre a sua empresa familiar.

“Devemos reconhecer que é alguém que não está a jogar limpo connosco e, portanto, ele continuar primeiro-ministro seria uma má notícia para a política portuguesa”, afirmou.

O dirigente do Livre considerou que Luís Montenegro não se importa que a Spinumviva “seja um potencial veículo de influência”, algo que o deixa inquieto.

“Se Luís Montenegro continuasse como primeiro-ministro todas as suas decisões sobre assuntos que, de alguma forma, tivessem um impacto direto ou indireto sobre aquelas empresas que são clientes da Spinumviva estarão, imediatamente, sobre a sombra de uma suspeita que não deve existir”, frisou.

E questionou: “O que não diria Luís Montenegro, como líder da oposição, se isto fosse com um primeiro-ministro de outros partidos políticos?"

Rui Tavares aproveitou ainda para condenar o facto de Luís Montenegro se ter insurgido hoje com um jornalista que o questionou sobre a Spinumviva.

“Este desconforto, irritação e frustração em responder a perguntas é uma péssima notícia para a liberdade de imprensa”, ressalvou.

Lusa

Ana Paula Martins acusa oposição de usar mortalidade infantil para chicana política

A cabeça de lista da AD por Vila Real, Ana Paula Martins, insurgiu-se hoje contra “arautos da desgraça" que acusou de amedrontarem as mães e usarem números sobre mortalidade infantil para chicana política na campanha eleitoral.

Ana Paula Martins, ministra da Saúde, falava na abertura do comício da AD – coligação PSD/CDS em Vila Real, num discurso em que se queixou de ter herdado um Serviço Nacional de Saúde (SNS) “à deriva”.

Mas a ministra da Saúde procurou logo a seguir responder aos partidos que se referiram a dados sobre uma subida da mortalidade infantil em 2024, em Portugal, para criticar a ação do Governo.

“Hoje, de Vila Real, para todo o país, para todas as futuras mães, peço que não se deixem amedrontar, tenham confiança no trabalho que estamos a fazer, tenham confiança nos nossos profissionais de saúde e não se deixem enganar pelos arautos da desgraça que usam números da mortalidade de crianças para a chicana política”, declarou.

Para Ana Paula Martins, “e preciso não ter respeito pelas grávidas e pelos profissionais de saúde para fazerem as afirmações que estão hoje a ser feitas”, porque, na sua perspetiva, o seu Governo está a equipar os blocos de partos e a contratar recursos humanos.

De acordo com os dados da ministra, das 150 urgências, “três ou quatro ainda fechadas”.

“Preocupa-nos, mas isso vai mudar. O Serviço Nacional de Saúde não vos vai falhar”, prometeu.

Horas antes, o secretário-geral do PS tinha manifestado muita preocupação com o aumento da mortalidade infantil, acusando a ministra da Saúde de nunca assumir as suas responsabilidades nem ter soluções para o agravamento dos problemas no setor.

Na sua intervenção, a ministra da Saúde respondeu também ao ex-diretor executivo do SNS e atual cabeça de lista socialista pelo Porto, Fernando Araújo, que afirmou que o farol do primeiro-ministro “não está a funcionar” e “os barcos estão a encalhar”

Sem falar no antigo secretário de Estado socialista, Ana Paula Martins contrapôs que “os navios que hoje encalham não é por falta de farol, mas por falta de bússola, de carta de marear, por falta de marinheiros e por incapacidade de bem navegar”.

Ana Paula Martins respondeu ainda a quem diz que ela, como cabeça de lista da AD por Vila Real, é paraquedista política por não ser transmontana.

“O meu compromisso com o distrito de Vila Real é para a vida, é inabalável. Posso ter vindo de paraquedas, mas já o guardei em parte incerta”, concluiu.

Lusa

Diário de Notícias
www.dn.pt