Ministra da Saúde, Ana Paula Martins
Ministra da Saúde, Ana Paula MartinsRUI MINDERICO/LUSA

Ministra da Saúde diz que novo regime não fecha a porta a médicos e que urgências estão melhor do que em 2024

Ana Paula Martins diz que foi atingido o valor de 213 milhões de euros em prestação de serviços médicos e que 60% dos profissionais que faltam tem que ver com as urgências.
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A ministra da Saúde afirmou esta segunda-feira (25 de agosto) no Jornal da Noite, na SIC, que o novo regime limita o trabalho de médicos tarefeiros no Serviço Nacional de Saúde (SNS) não pune nem fecha a porta aos profissionais.

"Já iniciámos o processo de valorização salarial dos médicos, no anterior governo, com valorização da tabela remuneratória e acordo coletivo de trabalho, com Sindicato Independente dos Médicos (SIM). Chegámos a um resultado, embora ainda tenhamos muito trabalho para fazer. Não chega. Atingimos cerca de 213 milhões de euros em prestação de serviços médicos, 42 a 44 por cento feitas a empresas privadas e o restante a médicos a título pessoal. O que queremos não é penalizar os médicos, é garantir justiça entre o que pagamos à hora a um médico tarefeiro e a um médico que trabalha no SNS", explicou Ana Paula Martins.

A governante diz que, apesar de haver equipas reduzidas no SNS, "não estamos pior nas urgências". "Estamos melhor do que estávamos no ano passado, mas não podemos dizer que estamos bem porque para estarmos melhor temos as nossas equipas no SNS e estes médicos que trabalham à tarefa em sobrecarga", frisou, assegurando que estão a ser repostos profissionais "ano a ano".

Ana Paula Martins não avançou com o número exato de médicos que faltam no SNS, mas garantiu que "não são 14 mil nem 15 mil", os números que têm vindo a ser veiculados. "60 por cento dos médicos que faltam tem que ver com as urgências. Estamos a perder capacidade em radiologia como perdemos em obstetrícia. Perdemos muito médicos pela demografia. Há um problema muito grave de recursos humanos que não se vai resolver numa legislatura", lamentou a ministra, que considerou que "o modelo de dedicação plena" implementado pelo Governo do PS "é um bom modelo, mas pode melhorar".

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