Marques Mendes é o candidato apoiado pelo PSD na corrida a Belém
Marques Mendes é o candidato apoiado pelo PSD na corrida a BelémFOTO: JOSÉ COELHO/LUSA

Marques Mendes lembra ter liderado "único pacto de regime feito até hoje" e revisão constitucional anterior

Candidato presidencial lembrou o papel que teve para que os emigrantes tivessem poder de voto e a sua proposta para redução do número de deputados na revisão constitucional anterior.
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Luís Marques Mendes puxou dos galões nesta terça-feira durante a apresentação da comissão de honra da sua candidatura a Presidente da República, recordando que liderou um pacto para a justiça há 20 anos. "Foi o único pacto de regime feito até hoje", afirmou.

O candidato presidencial lembrou o papel que teve para que os emigrantes tivessem poder de voto, a sua proposta para redução do número de deputados na revisão constitucional anterior e que há 20 anos não candidatou presidentes de Câmara "por falta de ética".

Marques Mendes disse que quer "ser o presidente de todos os portugueses" e que "ambição para Portugal" é a sua "causa". "Ambição é insatisfação, inconformismo, vontade de fazer mais, de fazer diferente", salientou.

Marques Mendes é o candidato apoiado pelo PSD na corrida a Belém
Manuela Ramalho Eanes apoia candidatura presidencial de Marques Mendes

O antigo líder do PSD sabe que o "Presidente da República não governa", mas adianta que o chefe de Estado "tem de usar a influência que não só a da palavra" e que "Presidente da República tem de passar a ser também um mediador, um construtor de pontes entre governo e partidos".

Sobre a sua comissão de honra, feita de "personalidades de todas as áreas, prestigiadas e inspiradoras", referiu-se a João Perestrello, presidente da SEDES Jovem, como alguém que "é baixinho, mas é bom"; a escritora Alice Vieira como "uma referência no plano da literatura e no plano cultural em geral"; a Leonor Beleza como uma "mulher extraordinária" e que, "se não fosse um absurdo processo judicial na década de 1980, teria sido a primeira mulher Presidente da República"; a Carlos Moedas como alguém que teve "coragem" para lhe manifestar apoio sem esperar pela posição do PSD; e a Manuela Eanes como uma "uma referência cívica, no plano da cidadania e no plano social".

Marques Mendes criticou ainda o "silêncio absolutamente insuportável" sobre a crise humanitária em Gaza, pedindo uma "condenação firme" dos ataques israelitas.

O candidato presidencial disse que Portugal precisa de "ambição na política internacional" e sublinhou que o país está na União Europeia, tem valores e "quando os valores são desprezados, o silêncio é absolutamente insuportável", pedindo coerência na posição sobre os ataques israelitas na Palestina e a posição já assumida em relação aos ataques russos na Ucrânia.

"Não pode haver dois pesos e duas medidas. Israel tem o direito a defender-se e a responder ao ataque terrorista de que foi vítima em 2023. Mas a resposta é injustificadamente desproporcionada e a crise humanitária em Gaza é absolutamente intolerável. É preciso condenação firme e ação concreta em favor de vítimas inocentes e desprotegidas", disse.

A posição foi assumida no edifício da UACS - União de Associações do Comércio e Serviços, em Lisboa, no discurso de encerramento da apresentação da comissão de honra da sua candidatura à Presidência da República.

Luís Marques Mendes apresentou a sua candidatura presidencial em fevereiro, em Fafe, distrito de Braga.

Marques Mendes é o candidato apoiado pelo PSD na corrida a Belém
Marques Mendes apresenta comissão de honra com Leonor Beleza, Moedas e Alice Vieira

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