Henrique Gouveia e Melo
Henrique Gouveia e MeloFoto: Paulo Spranger

Gouveia e Melo pede "solução urgente" para a crise política: "Precisamos de estabilidade e de credibilidade"

Ex-chefe da Armada e potencial candidato a Belém salienta que são os atores políticos que têm responsabilidade de a resolver de "forma urgente", para que seja recuperada a estabilidade.
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O ex-chefe da Armada Gouveia e Melo escusou-se esta sexta-feira a comentar soluções para atual crise política, salientando que são os atores políticos que têm responsabilidade de a resolver de "forma urgente", para que seja recuperada a estabilidade.

"Os atores políticos que são eleitos e que têm a responsabilidade de resolver a situação e devem resolvê-la de forma urgente, porque todos nós precisamos de estabilidade e de credibilidade. Sobre o resto, não faço comentários, não sou comentador", afirmou Henrique Gouveia e Melo aos jornalistas, à margem de um congresso sobre gestão em saúde, na Alfândega do Porto.

O almirante na reserva, que tem sido apontado como possível candidato presidencial mas ainda não assumiu formalmente uma candidatura, recusou comentar a posição do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e também as ideias do candidato Luís Marques Mendes na quinta-feira para que se evitem eleições antecipadas.

"Não vou comentar o que o senhor Presidente da República faz, ele é o ator político eleito, terá as suas razões, explicará aos seus eleitores, que somos todos nós, esses motivos", declarou.

Gouveia e Melo corroborou, contudo, a necessidade de haver rapidez na resolução da crise.

"A solução tem de aparecer e, quanto mais tarde aparece a solução, mais instabilidade existe e todos os portugueses precisam de estabilidade. Nós precisamos de estabilidade governativa, essa estabilidade contribui imenso até para o nosso posicionamento internacional, uma vez que, até em termos internacionais, vivemos um tempo de forte instabilidade e de algum risco", sustentou.

"O que é importante e que os atores decidam de forma urgente o que é que devem fazer. Eles são os responsáveis por nos tirar desta crise e ganhar outra vez a tal estabilidade e credibilidade", repetiu, sem querer "comentar soluções".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já admitiu a realização eleições antecipadas em maio, após o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter anunciado uma moção de confiança que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo na próxima semana.

A moção de confiança foi aprovada, na quinta-feira, em Conselho de Ministros, e vai ser debatida e votada na próxima terça-feira.

O voto de confiança foi avançado por Luís Montenegro no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República, e em que voltou a garantir que "não foi avençado" nem violou dever de exclusividade com a empresa que tinha com a família, a Spinumviva.

Se a moção for rejeitada, Marcelo convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

Henrique Gouveia e Melo
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