“Contabilidade paralela”. PGR e Tribunal de Contas investigam “saco azul” na embaixada portuguesa em Angola
Steven Governo / Global Imagens

“Contabilidade paralela”. PGR e Tribunal de Contas investigam “saco azul” na embaixada portuguesa em Angola

Diplomatas envolvidos já foram “considerados culpados em processos disciplinares”. Notícia do Jornal Sol refere “milhares de euros pelo arrendamento ilegal de apartamentos”.
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A PGR abriu um inquérito-crime para “apurar responsabilidades criminais” e o Tribunal de Contas está a investigar a gestão financeira na embaixada de Portugal em Angola. Em causa a “contabilidade paralela” promovida por “dois ex-embaixadores em Luanda, entre os anos de 2015 e 2022”.

A Inspeção-Geral Diplomática e Consular do Ministério dos Negócios Estrangeiros classificou o “aluguer ilícito de apartamentos do edifício da embaixada a delegados da AICEP, mas também a estagiários, para pagamento de despesas pessoais e representação do Estado à margem das regras contabilísticas” como “contabilidade paralela”

“Os diplomatas João Caetano da Silva e Pedro Pessoa e Costa já foram considerados culpados em processos disciplinares” com penas de 20 dias de suspensão dado “terem confessado saber dos pagamentos e nada ter feito para os terminarem”, adianta o Sol.

O “saco azul”, explica o semanário, foi denunciado pelo “atual embaixador de Portugal em Luanda” que quando assumiu o cargo diplomático detetou uma “situação ilegal que se prolongava há anos”.

A “inspeção às contas da embaixada” permitiu averiguar, porém, que “a prática vinha, pelo menos desde 2012”.

Paulo Rangel, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, recusou falar sobre o caso alegando serem “atos e decisões” do “anterior executivo”.

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