O Chega anunciou nesta terça-feira, 19 de agosto, o adiamento da manifestação "Portugal Seguro, um País com Futuro", convocada no seguimento do veto de Marcelo Rebelo de Sousa à Lei dos Estrangeiros, de 24 de agosto para 6 de setembro. Deste modo, o evento irá ocorrer, em Lisboa, num trajeto que termina no Palácio de Belém, no mesmo fim-de-semana em que o PCP organiza a Festa do Avante, na Quinta da Atalaia, no Seixal.A decisão foi explicada, num comunicado do partido, como um sinal de "respeito ao momento dramático que o país atravessa", devido aos incêndios florestais. "Este é o momento para homenagear as vítimas dos incêndios e continuar a dar força a quem continua a combater por nós", defende o Chega.A alteração de 24 de agosto, que é um domingo, para 6 de setembro, que é um sábado, deve impedir a sobreposição entre a "grande manifestação nacional" do Chega, convocada para "defender Portugal, a nossa identidade e conter a invasão de imigrantes a que o país está a ser sujeito", e o encerramento da Festa do "Avante!", tradicionalmente marcado pelo discurso do secretário-geral do PCP que marca a rentrée política dos comunistas.No comunicado divulgado nesta terça-feira, o Chega reconhece o sacrifício dos operacionais envolvidos no combate aos incêndios, mas também reforça as suas críticas à atuação do Governo, "em particular do Ministério da Administração Interna, pela forma como tem gerido esta crise e pela falta de respostas em que tem deixado o país"..Presidente da República devolve lei dos estrangeiros ao Parlamento