O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, salientou esta segunda-feira que o novo aeroporto de Lisboa no Montijo "é crítico" para Portugal, considerando que não se tem o "direito de continuar a adiar o desenvolvimento do país".."Para um país periférico como Portugal o investimento aeroportuário, o novo aeroporto na região de Lisboa, é determinante, é crítico para que o nosso povo possa viver melhor", afirmou o ministro numa audição conjunta nas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020)..Pedro Nuno Santos salientou que o atual aeroporto de Lisboa não tem capacidade para receber todos os voos e que a localização da nova infraestrutura no Montijo é a solução.."Não temos o direito de continuar a adiar o desenvolvimento do país", afirmou o governante, que salientou: "Todos os investimentos em infraestruturas têm impacto ambiental, que não haja ilusão nenhuma sobre isso"..O que é preciso "é garantir um equilíbrio" entre a preservação do ambiente e qualidade de vida, mas permitindo que o país continue a desenvolver-se, apontou o ministro, na sua intervenção inicial.."Estamos já neste momento a perder dezenas de milhões de euros, centenas todos os dias, porque aeroporto de Lisboa não pode receber a quantidade de voos que procuram todos os dias" aquela infraestrutura, "são menos receitas, são menos empregos, perde o povo português", salientou.."Não temos tempo e direito para continuar a estudar" outras localizações, acrescentou, apontando estar convencido de que o Montijo é a melhor solução..A 8 de janeiro de 2019, a ANA e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa (aeroporto Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto..Concurso para a compra de 22 comboios impugnada.No parlamento, o ministro das Infraestruturas e da Habitação afirmou que o concurso para a compra de 22 novos comboios para a CP foi impugnado e está à espera de decisão do tribunal.."Relativamente ao contrato que foi feito para aquisição de novo material circulante, 22 comboios, ele foi alvo de impugnação de um concorrente", adiantou o governante..Segundo Pedro Nuno Santos, aguarda-se, agora, que o tribunal decida se dá seguimento à providência cautelar interposta por um dos concorrentes ao concurso.."Se for dado seguimento à providência cautelar, nós vamos ter um atraso relevante", acrescentou o ministro.