Portugal vende mais cinco caças F-16 à Roménia
Depois dos 12 caças F-16 vendidos há alguns anos à Roménia, o Conselho de Ministros autorizou esta quinta-feira a Força Aérea a alienar mais cinco aparelhos por um montante de pelo menos 130 milhões de euros.
O Ministério da Defesa, em comunicado, explicou que as despesas a suportar pela Força Aérea "serão posteriormente cobertas, na íntegra, pelo novo contrato a celebrar" com Bucareste.
Este novo programa vai estender-se até 2023 e surge na sequência da venda, aprovada em 2013, dos primeiros 12 F-16 à Roménia por cerca de 180 milhões de euros.
A decisão, tomada no dia em que Portugal assina o contrato de compra ao de cinco aeronaves de transporte militar KC-390 ao Brasil por 827 milhões de euros até 2030, envolve "a incorporação" de três caças cedidos pelos EUA que, depois, serão modernizados para o mesmo patamar (MLU) dos restantes aparelhos da Força Aérea.
As despesas a assumir pela Força Aérea destinam-se a financiar "a preparação da configuração das aeronaves, a revisão geral dos motores, a formação, o apoio logístico e a permanência de uma equipa de apoio técnico na Roménia até 2023, bem como a modernização" dos três caças a ceder pelos EUA, o aprovisionamento de peças e a manutenção" desse sistema de armas, informou o Ministério da Defesa.
O negócio, que estava assente há mais de um ano e inclui o fornecimento de bens e serviços de apoio logístico, permite que a Força Aérea mantenha duas esquadras de defesa aérea com 30 F-16 sediadas na base de Monte Real.
Portugal adquiriu 40 caças F-16 aos EUA em 1990, tendo-os modernizado nas oficinas da OGMA (Alverca) e posteriormente na base aérea de Monte Real.
A primeira alienação de F-16 para a Roménia, que está a substituir os caças MIG-21 de origem soviética, também envolveu a cedência de três aparelhos por parte dos EUA a Portugal - contornando assim as dificuldades legislativas norte-americanas que impedem Washington de vender material militar diretamente aos países do antigo Pacto de Varsóvia.