Pedro Magalhães: "Alguns filmes são exércitos de Mónicas Belluccis"

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"Acredito que qualquer publicitário deve ver muito cinema. Tal como deve

ler muitos livros, ver muitas revistas, ouvir muita música, absorver

muita Internet e estar sempre bem atento a tudo o que o rodeia. Tudo

isto abre os olhos, os ouvidos e o cérebro.

O cinema é mesmo

muito importante na minha vida, sempre foi. É importante porque gosto de

cinema, faz-me viajar durante duas horas como a todas as pessoas, mas é

ainda mais importante porque sou um profissional de comunicação, sou

diretor de arte e vivo de contar estórias.

O cinema é tudo isto.

Os filmes são peças de comunicação, eles falam comigo, provocam-me,

impressionam-me, emocionam-me, informam-me, mudam-me.

O cinema é

um reflexo do ser humano, dos seus problemas, das sua estórias, da sua

história, das suas fantasias e é por isso que nos fascina há anos e vai

continuar a fascinar por muitos anos.

Alguns filmes são um festim

visual, são colírio às toneladas, são exércitos de Mónicas Belluccis

que nos conquistam os olhos e o cérebro.

Desses shows de direção

de arte o filme que mais me impressionou e surprendeu foi o Moulin

Rouge, depois muitos quilómetros atrás vem o 300 e ainda mais atrás o

Where the wild things are, do doido Spike Jonze.

Pela direção de

arte (e não só) não perco nenhum filme de animação. Claro que os meus

filhos me obrigam a não perder nem um, mas bem antes de ter filhos eu já

ia ver todos os filmes de animação que podia.

Depois existem

aqueles filmes que nos abanam, nos surpreendem e preenchem pela

mensagem, pela estória e pela maneira como são contados.

Trainspotting,

Seven, Fight Club, Pulp Fiction, American Beauty, Lost in Translation, A

lista de Schindler, Espiação, Leaving Las Vegas, Carteiro de Pablo

Neruda, Matrix (1º), quase todos do Clint Eastwood e quase todos do

Woody Allen, são apenas alguns de muitos que me fascinaram ao longo dos

anos.

Acho que o fundamenteal do cinema e da comunicação

continuam a ser as boas estórias e é por isso que por mais crises que

viva e pancada que leve o cinema nunca vai morrer."

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