Paulo Portas, finalmente os Negócios Estrangeiros

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Paulo Portas volta ao Governo cumprindo a ambição de exercer a "habilidade diplomática" que lhe apontam colaboradores próximos, numa pasta que tinha sido recusada ao CDS-PP em 2002, os Negócios Estrangeiros.

Ministro do Estado e Defesa Nacional no XV Governo. No Governo seguinte, com Pedro Santana Lopes, Paulo Portas manteve o ministério do Estado e da Defesa Nacional e foi-lhe acrescentada a tutela dos Assuntos do Mar

Fluente em quatro línguas estrangeiras -- francês, inglês, espanhol e italiano -- Paulo Sacadura Cabral Portas, 48 anos, assumirá finalmente a pasta dos Negócios Estrangeiros, sendo também ministro de Estado do XIX Governo Constitucional

Paulo Portas aderiu ao CDS-PP em 1995, depois de ter sido um dos principais conselheiros do antigo presidente do partido Manuel Monteiro, que viria a substituir, no congresso de Braga, em 1998

Liderou o partido durante sete anos, levando o CDS-PP ao poder em 2002 e demitiu-se em 2005, na sequência das legislativas de fevereiro desse ano, nas quais o partido obteve 7,3 por cento dos votos, quando pedira 10 por cento na campanha eleitoral

O processo sobre a compra de dois submarinos pelo Governo de Durão Barroso e Paulo Portas ainda "persegue" politicamente o líder do CDS-PP que, em debates ou quando questionado sobre o assunto, defendeu sempre a opção que fez e lembrou que, em termos judiciais, nunca foi chamado a qualquer investigação

Acabou por tornar-se jornalista - uma das opções que lhe apontaram os testes psicotécnicos, além de advogado, político e padre. Católico praticante e amante de cinema, Portas começa na política na JSD, da qual se afasta com a morte de Francisco Sá Carneiro. Funda o semanário "O Independente", o qual dirige até regressar a uma das suas outras paixões: a política

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