Adélio Neiva da Cruz, diretor do SIS
Adélio Neiva da Cruz, diretor do SISFOTO: Carlos Pimentel

Diretor do SIS pede "mais colaboração" em relação à cibersegurança. "Devem harmonizar-se perspetivas"

No segundo painel de debate sobre o novo regime jurídico da cibersegurança, foram deixados apelos à colaboração e à harmonização de perspetivas. Eurodeputado do PSD pediu "calma e bom senso" ao Governo na hora de legislar sobre o tema.
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Ainda em consulta pública, o novo regime jurídico da cibersegurança "respeita as competências do Serviço de Informações de Segurança (SIS)" e, alerta Adélio Neiva da Cruz, diretor, alerta que "é necessário haver uma harmonização, para não haver fadiga legislativa" sobre este tema.

O caminho, defende, deve ser o de "harmonizar" perspetivas, com uma "visão holística sobre os vetores de atividade e livre comércio". Ou seja: "Deve haver colaboração entre todas as entidades" para que se possa trabalhar melhor nesta área.

Falando no segundo painel de dabte da Grande Conferência sobre o Novo Regime Jurídico da Cibersegurança (organizada pelo DN em parceria com a Ordem dos Economistas e a SEDES), Adélio Neiva da Cruz revelou que SIS já fez, inclusive, algumas ações de sensibilização sobre este tema.

No mesmo painel, Rui Lourenço, da EPAL (empresa municipal de águas de Lisboa), destaca, por sua vez, uma "novidade" que é trazida pela diretiva NIS2 (cuja transposição resultou no novo regime jurídico): "Coloca a cibersegurança ao nível dos boards diretivos, havendo uma interdependência de todos os atores. Essa interdependência deve ser valorizada. Dá-nos uama salvaguarda que não existia."

Para o responsável, deve haver ainda uma sensibilidade, ao nível das empresas, para "alertar e comunicar" sobre ameaças ou ataques a seu tempo, para que possam ser combatidas atempadamente.

Já Hélder Sousa Silva, eurodeputado do PSD, pediu que "não se seja mais papista que o papa". "Bruxelas já legisla em demasia", referiu, portanto, "não carreguem ainda mais a NIS2". É preciso, sim, fazer-se o caminho para um reforço da cibersegurança. No entanto, deve ser feito "com calma e bom senso", não querendo ir mais além da diretiva europeia.

O Diário de Notícias, a Ordem dos Economistas e a SEDES organizam hoje uma Conferência sobre o Novo Regime Jurídico da Cibersegurança em Portugal, que decorre, ao longo do dia, no Auditório da Fundação Oriente em Lisboa.

Esta nova legislação resulta de uma diretiva europeia, a NIS 2, que aperta as regras e a fiscalização às vulnerabilidades de cibersegurança no setor público e privado, atribuindo mais responsabilidades aos mais altos dirigentes das diversas entidades.

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