Passos Coelho satisfeito com alienação do BPN ao BIC
O primeiro-ministro comentou a conclusão do processo de venda do BPN ao BIC manifestando-se "muito satisfeito" por ter sido "possível salvar o banco dentro de um custo para os contribuintes não superior ao da liquidação".
"Fico muito satisfeito em saber que foi possível salvar o banco dentro de um custo para os contribuintes portugueses que não é superior ao da liquidação, porque senão mais valia liquidar o banco, e que é possível, ainda assim, garantir a estabilidade do sistema financeiro português sem riscos de maior", declarou Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro disse que a proposta do Banco BIC de compra do Banco Português de Negócios (BPN) foi selecionada em julho de 2011, porque era "a que mais defendia a posição do próprio banco e que melhor garantia o emprego do BPN".
Passos Coelho referiu que estão em causa "cerca de 1700 pessoas, que ficariam sem emprego se o banco tivesse de ser liquidado", e congratulou-se porque "finalmente veio a luz verde da Comissão Europeia para que até ao final deste mês se concretizasse a assinatura do contrato" - que está marcada para sexta-feira.
Segundo o primeiro-ministro, nesta altura Portugal precisa "de ter um sistema bancário que inspire confiança aos cidadãos" e é isso que tem acontecido.
"Ao contrário do que aconteceu noutros países europeus, nomeadamente sob assistência financeira, nós em Portugal nunca tivemos nenhuma fuga de depósitos nos nossos bancos, antes pelo contrário. Os nossos bancos têm vindo a evidenciar um aumento dos depósitos, significando portanto uma grande confiança que os depositantes e os portugueses têm no seu sistema financeiro, e isso é importante para a recuperação económica que estamos a fazer", disse.