PJ detém grupo que raptou filho de alto funcionário da Guiné-Bissau

A vítima foi raptada na via pública, na Amadora, com "grande violência" e mantida em cativeiro durante três dias, agredida e ameaçada
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A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje quatro pessoas, suspeitas de terem raptado filho de um alto funcionário do governo da Guiné-Bissau - diretor-geral de uma autoridade policial do Estado, sabe o DN.

De acordo com o comunicado da PJ, foi desencadeada uma operação esta terça-feira, através da Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT), no âmbito de inquérito titulado pelo DIAP da Moita, "com vista ao desmantelamento de um grupo criminoso responsável pela prática" deste rapto, que terá ocorrido no passado mês de março, na Amadora.

A vítima, com cerca de 30 anos, residente no estrangeiro, deslocava-se algumas vezes a Portugal, tendo sido apanhada numa dessas viagens.

Segundo ainda a Judiciária, o homem foi raptado "na via pública com contornos de grande violência", tendo sido transportado para uma residência sita no concelho da Moitatendo" onde foi mantido "em cativeiro durante três dias", submetido "a constantes ameaças e agressões de modo a coagirem os seus familiares ao pagamento de resgate".

Ao que o DN apurou este resgate foi pago parcialmente e só depois a vítima libertada.

A investigação da UNCT, iniciada logo no momento da denúncia do crime, conseguiu chegar as presumíveis autores, três homens e uma mulher, igualmente cidadãos guineenses, com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos.

Nas buscas efetuadas "foram apreendidos relevantes elementos de prova, designadamente, equipamentos de telecomunicações, vestuário e outros".

Os detidos serão presentes esta tarde a primeiro interrogatório judicial para a aplicação da medida de coação tida por conveniente junto do Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro.

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