Chile, no Sul do Mundo
De acordo com a última sondagem da empresa "Ipsos", o presidente latino-americano com maior aprovação entre os líderes de opinião da região é o Presidente da República do Chile, Sebastian Piñera Echenique, que se encontra em primeiro lugar com 68% de apoio.
Este merecido reconhecimento da liderança do Presidente Piñera é o resultado do ambicioso programa do governo que tem realizado desde que assumiu a governação do país em 11 de março de 2018, assim como a sua firme vontade de aprofundar a integração económica e cultural do Chile com o mundo.
O Chile é uma das economias mais abertas do mundo e mantém 28 acordos comerciais com 64 mercados, que representam 63% da população mundial e 86,3% do PIB global. O nosso governo acredita firmemente que uma economia aberta ao mundo é benéfica para os nossos países porque gera maior crescimento económico, emprego, redução da pobreza e bem-estar para todos.
Por isso, nos últimos meses, o Presidente Piñera tem tido diversos encontros com a maioria dos governantes da América Latina, Europa e Ásia, incluindo os líderes dos Estados Unidos, da China e da Índia. Fruto destas reuniões, o Chile conseguiu assinar mais de 60 acordos com 26 países e seis organizações internacionais.
Claro que Portugal também é parte importante desta agenda de colaboração e integração, pelo que, na sua próxima visita a este país, o Presidente Sebastián Piñera irá reunir-se com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, ocasião que servirá sem dúvida para estreitar os laços de sólida amizade e de entendimento entre os nossos povos.
No passado mês Março, o Chile impulsionou a criação do Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosur), organismo de integração sul-americano no qual participam Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Guiana, e cujo objetivo é promover o diálogo e a colaboração nas áreas de infraestruturas, energia, saúde, defesa, segurança e desastres naturais.
Para aprofundar a sua integração económica na América do Sul, o Chile assinou um Tratado de Livre Comércio com a Argentina e o Brasil, os quais abrirão novas oportunidades de empreendimento para os chilenos, os argentinos e os brasileiros. Além disso, há uns meses, o nosso país concluiu o aprofundamento de seu tratado comercial com a China. Atualmente encontra-se a negociar a modernização do Acordo de Associação com a União Europeia e o Tratado de Livre Comércio com a Coreia do Sul. O Chile está, também, a dar os primeiros passos para estreitar os laços comerciais com a União Euro-asiática, que inclui a Rússia, e com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Há uns dias, o Senado do nosso país aprovou o Acordo de Associação com o Reino Unido. Ainda está pendente a aprovação, por essa instância, do Tratado Integral e Progressista da Associação Transpacífica (CPTPP), que inclui onze países da região Ásia-Pacífico e abrange 498 milhões de pessoas, e que no seu conjunto representam 12% da economia global.
No passado mês de Junho, o Presidente Sebastián Piñera foi convidado, pela terceira vez, para a Cimeira do G-20, feito que representa um valioso reconhecimento para o Chile. E, pela primeira vez na história do meu país, o Chile participa como convidado na Cimeira do G-7 em França.
O Chile ratifica perante o mundo os princípios que sustentam a sua política externa, em primeiro lugar o seu compromisso com a defesa da democracia, o Estado de Direito, as liberdades e os direitos humanos. Por isso, o Presidente Piñera tem afirmado reiteradamente que na Venezuela existe uma ditadura, não há democracia, não há respeito pelos direitos humanos, não há separação de poderes, não há liberdade de expressão. E, por tanto, a posição do Chile, em concordância com os tratados e as cláusulas democráticas que tem assinado, é forte e clara: essa ditadura tem que terminar.
O Chile é, também, um forte promotor do multilateralismo e da colaboração entre os países. Portanto, este ano, o nosso país será a sede de duas importantes cimeiras internacionais: a do Fórum Económico da Ásia-Pacífico (APEC) e a 25ª Conferência das Partes da Convenção sobre Alterações Climáticas (COP-25).
No Fórum APEC, o nosso país tem defendido com convicção o livre comércio e uma ordem internacional baseada em regras claras e transparentes, e o fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC), gravemente afetado pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Na COP-25 sobre Alterações Climáticas, o Chile promoverá a adoção de compromissos mais ambiciosos e exigíveis que os atingidos na COP de Paris, para lutar mais eficazmente contra o aquecimento global, juntando ainda a urgente defesa dos oceanos e da Antártida como objetivos prioritários.
O Chile - que foi a colónia mais pobre de Espanha, é um pequeno país com somente 17 milhões de habitantes, longínquo e situado entre o deserto, o mar, uma extensa cordilheira e os gelos antárticos - não só está cada dia mais integrado e ligado com o mundo, mas também é cada vez mais reconhecido como uma nação pujante, séria e responsável. Um país cujas instituições, admiradas pela sua solidez e prestígio, são o espelho que reflete a alma de um povo trabalhador, esforçado e orgulhoso da sua terra, da sua história e da sua cultura.
Embaixador do Chile em Portugal