Eleições em 2024: votar no PSD para mudar o rumo de Portugal

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Em 2024, Portugal vai novamente a votos, nas eleições legislativas mais importantes da última década. Dois anos após os portugueses terem conferido uma maioria absoluta ao Dr. António Costa e ao Partido Socialista, a esperada estabilidade política esfumou-se. E não terminou apenas no dia 7 de novembro, com a investigação e a demissão do Dr. António Costa, na verdade este governo socialista nunca se afirmou como garante de estabilidade. Pelo contrário, foi o governo dos casos e casinhos, das trapalhadas, das demissões sucessivas e de uma incompetência visível à vista desarmada em setores como a saúde, educação, transportes e justiça.

O Dr. António Costa e o PS conseguiram destruir o capital de confiança que os portugueses lhes conferiram.

Assim, o país vai novamente a eleições a 10 de março. Por mais cenários que se teorizem sobre o resultado das legislativas, a escolha que se apresenta aos portugueses é bastante simples: deve Portugal mudar de governo ou deve o PS continuar a governar?

Creio que vale a pena avaliar estes dois cenários sob quatro prismas.

Primeiro, teve Portugal nos últimos oito anos, e em particular nos últimos dois de maioria absoluta, um governo que prestigiou a política, que respeitou as instituições e que foi um garante de estabilidade e de credibilidade?

A resposta só pode ser negativa. Não falo apenas dos escândalos que foram abalando o governo, com o episódio mais grave com a "Operação Influencer", refiro igualmente a forma como o PS foi abusando do poder e atacando a independência das instituições.

Segundo, está hoje o país melhor do que estava em 2015 e sobretudo melhor do que em janeiro de 2022?

Também não. Temos hoje serviços públicos mergulhados no caos e em colapso, da saúde à educação, passando pelos transportes, segurança, Justiça e Defesa. Isto apesar dos portugueses pagarem hoje mais cerca de 25 mil milhões de euros em impostos e terem uma carga fiscal 2.7 p.p. do PIB acima do valor de 2015.

Terceiro, o nível de vida dos portugueses está melhor?

A resposta também aqui é negativa. Desde 2015, quatro países da União Europeia ultrapassaram Portugal em PIB per capita (paridades poder compra). Entre 2015 e 2023, quando comparado com os países da coesão (nossos concorrentes, no nosso patamar de desenvolvimento e com fundos Europeus), Portugal foi dos que menos cresceu. Em 2022, a quebra dos salários reais foi de 4%. A marca principal dos governos do Dr. António Costa é o empobrecimento.

Quarto, temos hoje melhores contas públicas?

Apenas na aparência. O excedente orçamental existe, em grande medida, porque temos hoje uma carga fiscal superior a 2015 e uma despesa com juros muito inferior (fruto da política monetária do BCE entre 2015 e 2022). Em 2015, a carga fiscal era de 34.5% do PIB, passando em 2023 para 37.2%. A despesa com juros em 2015 era de 4.5% do PIB, caindo em 2023 para 2.3%. Tivesse Portugal, em 2023, a mesma carga fiscal e a despesa com juros semelhante a 2015 e, ao invés de um superavit de 0,8% previstos no OE24, teria um défice de 4%.

Em 2024, os portugueses serão chamados a uma decisão muito relevante para o futuro do país: Portugal deve manter o rumo dos últimos anos ou, pelo contrário, deve procurar outro caminho.

Quem entender que Portugal teve um mau governo, sobretudo nestes quase dois anos de maioria absoluta, que os portugueses vivem hoje pior e que é preciso mudar o rumo da governação e do país, só pode votar PSD.

E nem vale a pena dizer que o PSD não é a alternativa. Ao longo destes dois anos, o PSD apresentou programas setoriais em praticamente todas as áreas da governação.

Temos liderança, equipa e propostas!

Quem não queira o PS no governo, só tem um voto possível: PSD.

Qualquer voto em qualquer outra força partidária, seja à direita ou à esquerda do PSD, é um voto que, na prática, mantém o PS no governo.

Líder do Grupo Parlamentar do PSD

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