De compromisso em compromisso!
A entrada no novo ano é tipicamente conhecida como um marco para promessas de algo diferente. Existe uma esperança que se reacende com o aproximar das doze badaladas e que origina novos compromissos e novas metas para o ano seguinte.
Sonhar é ótimo, permite acreditar num futuro diferente e ter esperança que o que nos espera será melhor. O problema é quando esses objetivos construídos no êxtase do fim de ano acabam ainda antes de começar. Embala-se em grandes resoluções com as quais não se está verdadeiramente comprometido.
Estabelecer objetivos pessoais e profissionais é positivo, mas é preciso a consciência que a mudança não acontece por avançar umas páginas na agenda. Ao criar o objetivo é preciso pensar no processo para o alcançar, e se estamos dispostos a mudar para ter aquilo que queremos. Não é por comprar um livro que se melhora o vocabulário, mas pode ser um passo para o objetivo. Todos os compromissos que obrigam a mudança exigem esforço para se sair da zona de conforto.
A palavra compromisso está a ficar gasta, embora cada vez seja menos usada e tendencialmente se fuja dela. Existe o compromisso com tudo e, ao mesmo tempo, com nada. Nesta altura, de renovação, poderia ser aproveitada para recentrar, olhar para as prioridades e criar um verdadeiro compromisso. Os desejos mais mencionados para 2025 são saúde, paz, felicidade e, muitas vezes, a estabilidade ou melhoria financeira. A questão é se temos estes compromissos durante o ano, se fazemos pela nossa saúde, se contribuímos para a paz, se priorizamos a nossa felicidade e a dos que nos rodeiam e se procuramos condições para esse equilíbrio financeiro.
Também é um momento de balanço nas organizações, analisar o ano anterior, o alcance dos objetivos, perceber os que ficaram aquém das expectativas e projetar o próximo ano. É o momento de ter presente os compromissos feitos ao longo do tempo com os colaboradores e restantes intervenientes. É o momento de respeitar os compromissos com a sustentabilidade, com a diversidade e inclusão e com a saúde em contexto de trabalho quando se decide o rumo a seguir.
De meio de dezembro a meio de janeiro tudo e todos são importantes, nas mensagens de Natal e de Ano Novo, nos compromissos que são verbalizados para os doze meses seguintes. Nesta altura, as funções que durante todo o ano são pouco visíveis na sociedade mostram que fazem parte da base para que tudo funcione e tornam-se o foco. A verdade é que precisamos de todos para que, durante todos os dias, realmente funcione.
Que este seja o ano do verdadeiro compromisso para que seja possível cumprir promessas e objetivos adiados, para que realmente seja desta. Quando aprendermos todos a honrar os nossos compromissos, connosco e com os outros, ganhamos todos, pessoas, organizações e sociedade.