Carlos Moedas e os 12 trabalhos de Lisboa

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Governa-se uma cidade como Lisboa com discursos ou com trabalho?

A pergunta é simples, mas raramente feita com seriedade.

Durante décadas, a capital foi tratada como palco cénico da política nacional, onde se fazia oposição ao Governo, se ensaiavam ambições partidárias ou se geria a rotina administrativa sem ambição de futuro.

Carlos Moedas mudou esse ciclo. Trouxe uma ideia, uma visão. Hoje Lisboa governa-se com trabalho. E, neste mandato, o trabalho foi hercúleo.

Ao longo dos últimos anos, Moedas enfrentou, com determinação, equilíbrio e convicção, aquilo que poderíamos chamar os “12 Trabalhos de Lisboa”: desafios estruturais, complexos, enraizados e que exigiam coragem política para serem enfrentados.

Na habitação, em vez de alimentar o discurso do confronto ideológico ou do controlo estatal, Carlos Moedas avançou com soluções de acesso real para a classe média, através de programas de renda acessível e parcerias equilibradas. A esse facto não será alheia a sua justa xnomeação pela Comissão Europeia para um conselho consultivo dedicado à habitação na Europa.

No combate à burocracia, promoveu reformas administrativas discretas, mas decisivas, acelerando licenças, digitalizando serviços, devolvendo eficiência a uma máquina pesada e pouco transparente. Governar também é isso: não aparecer nos títulos, mas resolver nos bastidores.

Na mobilidade foi possível começar a equilibrar exigências ambientais com realismo social. Desde a implementação das zonas de emissões reduzidas até ao reforço dos modos suaves, transformando as más ciclovias e devolvendo estacionamento, sem cair em fundamentalismos punitivos.

Fez frente ao turismo massificado, sem hostilizar o setor.

Apostou na qualificação da oferta, na valorização do património, no respeito pelas comunidades. Trouxe coesão territorial para a agenda. Uma cidade aberta, mas não vendida.

Na inovação, manteve Lisboa no mapa europeu, reforçando o ecossistema tecnológico com a criação da Fábrica de Unicórnios catapultando Lisboa no universo das cidades do futuro.

Com as freguesias, recuperou uma lógica de proximidade e confiança. Fortaleceu a descentralização como prática de governação e não como promessa eleitoral.

A cidade, no seu espaço público, está mais cuidada. Praças e jardins foram devolvidos aos Lisboetas. Ruas estão a ser alcatroadas e as cheias do futuro vão ser mitigadas, com a decisão corajosa de avançar com a construção do Plano Geral de Drenagem de Lisboa.

No plano ambiental, Moedas lançou as bases para uma política climática estruturada: bairros solares, eficiência energética, justiça ambiental com base em evidência, e não em protesto.

Estes são os “12 trabalhos” que marcaram o seu mandato e, em Lisboa, não são lendas, mas sim factos.

Hoje, Lisboa tem mais futuro do que tinha há quatro anos e precisa, mais do que nunca, da continuidade deste presidente com visão, coragem, execução e resultados.

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