Uma boa escola faz-se de bons professores e restante pessoal de apoio, de bons alunos e também de boas infraestruturas. Mas no início de mais um ano escolar é importante lembrar que uma boa escola também se faz de bom ar. Nomeadamente de ar interior de qualidade..Do que falamos quando falamos de qualidade de ar? Falamos da qualidade do ar no interior e em redor dos edifícios e estruturas, associada à saúde e ao conforto dos ocupantes desses edifícios. Em causa está “um inimigo invisível”, mas responsável por problemas de saúde. A qualidade do ar interior é comumente afetada pela libertação de gases ou partículas a que se juntam níveis elevados de temperatura e humidade, produtos de tabaco, materiais de construção e mobiliário, produtos para limpeza e manutenção doméstica, sistemas de aquecimento e arrefecimento, entre outros..Em termos imediatos, um ar interior sem qualidade, com a exposição da comunidade escolar a um poluente, pode levar a irritação nos olhos, nariz e garganta, dores de cabeça, tonturas e fadiga. Uma exposição mais prolongada, normalmente mais relacionada com funcionários da escola, pode levar a algumas doenças respiratórias, doenças cardíacas e até cancro..Não é de estranhar que este seja um tema estudo a nível nacional e internacional. Por exemplo, segundo dados do SINPHONIE, um projeto de investigação com financiamento comunitário, que tem como objetivo avaliar a qualidade do ar interior nas escolas da UE e o seu impacto na saúde das crianças, mais de 64 milhões de alunos europeus e quase 4,5 milhões de professores são afetados pela qualidade do ar que respiram no interior das suas escolas..Então o que devem fazer as escolas portuguesas e os seus responsáveis? A lei indica a obrigatoriedade da “avaliação simplificada anual da qualidade do ar interior” em grandes edifícios como pode ser o caso das escolas. Mas estando ou não abrangidas pela lei, as escolas devem ir a “exame” todos os anos e garantir que a comunidade respira o melhor ar possível.