ALERTA: Cabo Bojador sob ameaça POLISARIO!
Reporta o senegalês dakartimes de há uma semana, que a 28 de abril, num encontro/reunião em Tindouf, aparentemente informal, mas com a presença de El Bachir Mustapha Sayed, membro do Secretariado Nacional da POLISARIO e mais facilmente identificável como “o número 2 da POLISARIO”, disse o seguinte, entre outras coisas: “Então, cada um de vós, cada combatente ao vosso lado, deve, a cada noite, explodirem-se três ou quatro em Smara, Dakhla ou Boujdour, no meio do inimigo! Isto se vocês quiserem que as terras ocupadas se incendeiem sob os pés do invasor!” Recomendou o “número 2” a quem se encontrava presente. Disponibilizou explosivos, com um “querem explosivos? Que Deus seja abençoado, estão disponíveis, estão simplesmente a serem desperdiçados nos depósitos!”
Primeiramente, que há mais transcrições a analisar, “há que tirar os óculos cor-de-rosa da POLISARIO”, fazendo fé na notícia e nas transcrições, já que se trata claramente do discurso redentor, sem referência ao “Divino mobilizador”, colado a Bin Laden, Baghdadi e Iyad Ag Ghali! Por outro lado, a disponibilização de explosivos, caso não seja “bluff de guerra”, significará paióis cheios! Quem forneceu? Qual o destino a dar aos mesmos? O destino proposto por Mustapha Sayed, ou negociar com a constelação de pequenos e grandes grupos afiliados à “Internacional Terrorista”, que salpicam o Sahel/África Ocidental, subcontratando-os para a desestabilização regional, que agora poderá ir de Bissau a Faro, de Niamey a Finisterra? É que Portugal, Espanha e Marrocos têm um primeiro plano que implicará um desafio à segurança mediterrânica/africana e europeia, com a realização do Campeonato do Mundo de Futebol em 2030. O segundo plano, que decorrerá dos bons entendimentos até 2030, será o estabelecimento dos três países enquanto hub energético (hidrogénio verde), do Mediterrâneo Ocidental. Para tal, Sines está completamente dependente da construção do gasoduto Nigéria/Tânger.
“O inimigo deverá ser distraído e os seus tiros devem ser dispersados, em vez de serem concentrados num único local. (eles) Devem sentir que os pés não estão em segurança, não sabendo onde os meter!” Segundamente, decorre daqui que os próximos governos de Portugal deverão incorporar esta Aliança Ibero-Marroquina, sem aspas, enquanto prioridade nacional, já que será a projectada independência energética que potenciará os colaterais Extensão da Plataforma Continental, o “mercado das amarrações subaquáticas”, energias renováveis, valorização económica do mar, maximização da nossa geografia, que não muda! Nesse sentido, “os pés dos portugueses” também não estão seguros, já que “o inimigo distraído”, tanto pode estar no “Cabo Bojador da nossa memória”, como em Tunes, no Algarve, ou em Santander, Espanha!
O perigo do aqui exposto, é a malha securitária estar de tal forma apertada à volta da “bolha POLISARIO”, que o mais simples seja precisamente a subcontratação de grupos e subgrupos, que pulverizem o terror em Marrocos e seus aliados, perante organização tão mediática como um Campeonato do Mundo de Futebol. Portugal, tradicionalmente marginal à disputa sahraoui, não poderá mais, de mão dada com Marrocos e Espanha, ignorar este “irritante”. E de momento, Portugal está no centro da disputa e não na periferia. Que o assumamos, a bem do futuro!