Oi inicia negociações com credores

A operadora brasileira até março debatia-se com uma dívida liquida de 10,3 mil milhões de euros, da qual 78% em moeda estrangeira.
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A Oi arranca já esta semana com negociações com os credores da operadora brasileira, na qual a Pharol detém 27,5%.

O conselho de administração aprovou esta segunda-feira dar início às negociações relativas às dívidas financeiras da Oi e de suas controladas. "Oi e seus assessores têm reuniões marcadas nessa semana em Nova York para iniciar discussões formais com Moelis & Company, na qualidade de assessor para um Comitê formado por um grupo heterogêneo de titulares de bonds emitidos pela Oi e por suas subsidiárias Portugal Telecom International Finance B.V. e Oi Brasil Holdings Coöpertief U.A", informa a Oi em comunicado.

"A Oi solicita que os titulares de bonds que não façam parte do Comitê que contatem Moelis & Company e se juntem ao Comitê", continua a operadora.

Depois do fundo Letter One ter deixado cair por terra a injeção de até 4 mil milhões de dólares na Oi, após a TIM ter rejeitado negociar uma fusão com a Oi, a operadora brasileira colocou a reestruturação da dívida como prioridade, questão que quer ter fechada até ao final do ano.

A Oi debate-se com uma pesada dívida, que tem gerado receios nos credores de que poderá ter dificuldade a fazer face aos compromissos já assumidos. A Oi fechou o primeiro trimestre com uma dívida líquida de 40,8 mil milhões de reais, ou seja, cerca de 10,3 mil milhões de euros. No final de março, a parcela da dívida em moeda estrangeira representava 78,8% do total da dívida contratada consolidada do período e se encontrava protegida de flutuações cambiais. O prazo médio consolidado da dívida ficou em 3,6 anos. Em caixa a companhia tem 8,5 mil milhões de reais (2,2 mil milhões de euros).

A companhia tem levado ainda a cabo uma política de redução de custos que levou ao despedimento de cerca de 2 mil funcionários, com vista a diminuir custos com pessoal.

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