O que disse Granadeiro na carta ao presidente da mesa da AG da PT SGPS

No passado dia 13 de janeiro, um dia depois da assembleia geral de acionistas, Henrique Granadeiro enviou uma carta ao presidente da mesa da assembleia, António Menezes Cordeiro, na qual pretende esclarecer se a Oi teve ou não responsabilidade no investimento na RioForte.
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Na carta a que o Dinheiro Vivo teve acesso, Granadeiro considera "importante esclarecer, de forma definitiva, se a Oi teve ou não teve responsabilidade na tomada da totalidade ou de parte das participações adquiridas na RioForte".

Apresentando uma cópia da ata da comissão executiva da PT SGPS de 25 de março de 2014, onde são aprovados contratos de transferência de responsabilidades da PT SGPS para a PT Portugal, Granadeiro considera que "não pode subsistir qualquer dúvida de que as empresas da PT Portugal foram as únicas responsáveis pela decisão de tomar as participações na RioForte, no montante de 697 milhões de euros".

Além das operações que totalizaram os 697 milhões de euros para a PT Portugal foram feitas 200 milhões de euros para a PT SGPS.

Segundo Granadeiro, "todas estas operações envolvendo aumento de endividamento foram transferidas para a PT Portugal no sentido de a dotar de maior flexibilidade financeira para a combinação de negócios PT/Oi".

"Não subsistem, pois, quaisquer dúvidas de que a PT Portugal foi o autor da tomada das participações das empresas na RioForte e foi também para a PT portugal que foram transferidas as posições contratuais no papel comercial emitido ou a emitir pelo BES/BESI, Caixa e Caixa BI e club deal organizado pelo Merrill Lynch", refere.

Henrique Granadeiro acrescenta ainda que "com o default da RioForte, cujos títulos se encontram totalmente no balanço da Oi e sendo inquestionável à luz dos números precedentes que a Oi decidiu tais aplicações através da sua filial PT Portugal, é legítimo à PT SGPS denunciar o acordo de fusão porque no caso de virem a ser aprovados pela CVM do Brasil os acordos definitivos - a participação da PT SGPS ficará muito aquém do limite mínimo de participação (36,6%) estabelecido na Assembleia Geral que aprovou o aumento de capital".

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