Novo Banco: Negociações exclusivas com Anbang prolongam-se até à próxima semana

Está cada vez mais próxima a decisão sobre quem será o próximo dono do Novo Banco. O Banco de Portugal continua em negociações com os chineses do Anbang e, caso estas sejam bem sucedidas na próxima semana já poderá ser feito o anúncio.
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Os chineses do Anbang têm a oferta mais elevada, mesmo depois da Apollo ter sido o único candidato à compra do Novo Banco que reviu a sua oferta, segundo adiantou o Dinheiro Vivo. Tanto a Fosun como Anbang mantiveram as ofertas anteriores.

Sendo o preço o principal critério para a escolha do vencedor, o Banco de Portugal optou por começar a negociar com o Anbang. Mas ainda assim não é certo que o grupo segurador chinês seja o vencedor.

Caso as negociações com o Anbang não sejam bem sucedidas, o Banco de Portugal poderá então avançar para o candidato seguinte que, neste caso, é a Apollo. Para já o cenário de adiamento da venda parece ser o menos provável de acontecer.

Fora da corrida, ainda que não formalmente, deverá estar a Fosun. Tal como o Dinheiro Vivo tinha noticiado, o grupo chinês detentor da Fidelidade, manteve a proposta anterior e é o grupo com a oferta mais baixa, com um diferencial relevante face às restantes ofertas, ficando numa posição mais difícil de poder comprar o Novo Banco.

Seja qual for o vencedor, o candidato eleito terá de apresentar um plano de reestruturação para o Novo Banco que será posteriormente submetido à avaliação do BCE. Só após a luz verde das autoridades europeias dar-se-á a venda concluída.

Dos 4900 milhões injetados no Novo Banco, mil milhões de euros resultaram das contribuições dos bancos para o Fundo de Resolução, enquanto 3900 milhões saíram da linha de recapitalização da troika reservada à banca.

Este empréstimo de 3900 milhões de euros têm um prazo máximo de dois anos, mas é renovado todos os trimestres. A taxa aplicada reflete os juros pagos pelo próprio Estado no quadro do empréstimo da troika, acrescidos de uma comissão fixa e de um spread adicional de cinco pontos base a cada três meses. O reembolso do empréstimo ao Estado é a primeira prioridade para o destino da receita obtida na venda do Novo Banco. Por isso, os 2000 milhões serão usados diretamente para amortizar o empréstimo.

Uma vez que a própria medida de resolução contempla que as perdas não deverão tem um impacto material para o sector, a expectativa aponta para que estas sejam acomodadas ao longo do tempo, através das contribuições regulares. No entanto, só após a conclusão da venda do Novo Banco é que o Banco de Portugal deverá revelar como irá a banca acomodar estes prejuízos.

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