Trump responde a Guterres no Twitter: "Que todos paguem"

A notícia de falta de dinheiro da ONU motivou uma resposta do presidente dos EUA.

António Guterres alertou esta semana que a ONU corre o risco de ficar sem dinheiro até ao final de outubro e que os funcionários podem não receber os seus salários no final deste mês devido ao défice financeiro da organização que já atingiu cerca de 230 milhões de dólares. O presidente dos EUA já reagiu e afirmou que para resolver esta situação não pode ser "só" o seu país a pagar.

"Faça com que todos os países membros paguem, não só os EUA", escreveu na rede social Twitter, onde partilhou a notícia da CBS que dá conta das dificuldades financeiras da ONU

O alerta do Secretário-Geral da ONU foi conhecido na terça-feira e consta de uma carta enviada aos 37.000 funcionários do secretariado da ONU. De acordo com a agência France Press, Guterres afirmou que tinham que ser tomadas "medidas adicionais" não especificadas para garantir que salários e direitos fossem pagos.

"Os Estados Membros pagaram apenas 70% do valor total necessário para as nossas operações regulares em 2019. Isso traduziu-se numa escassez de caixa de US $ 230 milhões (209,2 milhões de euros) no final de setembro. Corremos o risco de esgotar as nossas reservas de liquidez de backup até o final do mês ", escreveu o secretário-geral.

Para reduzir custos, Guterres referiu o adiamento de conferências e reuniões e a redução de serviços, além de restringir as viagens oficiais apenas a atividades essenciais e tomar medidas para economizar energia.

Guterres havia pedido aos Estados membros no início deste ano que aumentassem as contribuições ao organismo mundial para evitar problemas de fluxo de caixa, mas estes recusaram, disse um funcionário da ONU sob anonimato.

"A responsabilidade final pela nossa saúde financeira cabe aos Estados-Membros", afirmou Guterres.

Excluindo o que se paga pelas operações de manutenção da paz, o orçamento operacional da ONU para 2018-2019 é de quase US $ 5,4 biliões (4,55 mil milhões de euros), com os Estados Unidos a contribuírem com 22%.

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