Trump lê declaração escrita a marcador e em letras garrafais

Desta vez nada de Twitter, o presidente dos Estados Unidos recorreu a uma forma menos moderna de passar a mensagem.

Donald Trump tem duas ferramentas de que não abdica: a rede social Twitter e as canetas marcadores. Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos viu na televisão o empresário por si indicado para o cargo de embaixador na União Europeia, Gordon Sondland, afirmar sem rodeios que foi um agente ao seu serviço para obter da Ucrânia favores políticos em troca do desbloqueio de ajuda militar e de uma visita do novo chefe de Estado,Volodymyr Zelensky, à Casa Branca.

Ao contrário do que tem sido a sua prática, Trump não reagiu no Twitter às declarações na Comissão dos Serviços Secretos da Câmara dos Representantes. De saída da Casa Branca, o presidente leu a parte da declaração de Sondland em que este recorda uma conversa telefónica entre ambos. "Eu não quero nada. Eu não quero nada. Eu não quero quid pro quo. Diga ao Zelensky para fazer o correto. Esta é a palavra final do presidente dos EUA", lê-se num bloco de notas escrito a marcador.

O embaixador Sondland explicou que recebeu instruções do advogado pessoal de Trump, Rudolph Giuliani. "O secretário [da Energia Rick] Perry, o embaixador Volker e eu trabalhámos com Rudy Giuliani em temas da Ucrânia sob ordens expressas do presidente dos EUA. Não queríamos trabalhar com Giuliani. Percebemos que se não trabalhássemos com ele perdíamos uma oportunidade de cimentar as relações com a Ucrânia. Portanto seguimos as ordens do presidente", declarou.

Em setembro, Donald Trump foi alvo de críticas depois de ter mostrado uma previsão meteorológica -- sobre o percurso previsto do furacão Dorian -- alterada com um marcador.

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