Trump anuncia demissão do procurador-geral após confirmação de Biden pelo Colégio Eleitoral

Assim que o Colégio Eleitoral confirmou a vitória eleitoral de Biden, o seu antecessor, Donald Trump, anunciou a demissão do procurador-geral William Barr. O procurador-geral adjunto Jeff Rosen vai assumir interinamente o cargo.
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O Colégio Eleitoral confirmou Joe Biden como Presidente dos EUA e logo a seguir Donald Trump anunciou a demissão do procurador-geral William Barr, que deixa o cargo a 23 de dezembro.

Numa publicação feita no Twitter, o antecessor de Biden anunciou que Barr vai deixar a Casa Branca "pouco antes do Natal".

"Acabei de ter uma reunião muito agradável com o procurador-geral Bill Barr na Casa Branca. A nossa relação foi boa, ele fez um excelente trabalho! De acordo com a carta, Bill vai sair pouco antes do Natal para passar os feriados com a sua família", lê-se na mensagem de Donald Trump na rede social.

Trump fez saber que o procurador-geral adjunto Jeff Rosen, "uma pessoa excecional", vai assumir interinamente o cargo.

O republicano disse ainda que "o altamente respeitado Richard Donoghue assumirá as funções de procurador-geral adjunto".

O tweet de Trump é acompanhado por duas digitalizações de uma carta na qual Barr agradece o tempo em que esteve a servir o país e apresenta a demissão.

"Como discutido, vou passar a próxima semana a finalizar uns quantos assuntos restantes importantes para a Administração e partirei em 23 de dezembro", escreveu o procurador-geral demissionário.

O anúncio da renúncia de Barr ao cargo, através da publicação de Trump, aconteceu poucos minutos depois de a Califórnia ter atribuído os 55 votos daquele estado ao Presidente eleito, o democrata Joe Biden, que, com 302 votos até agora, viu a vitória nas presidenciais ratificada pelo Colégio Eleitoral dos EUA, ultrapassando o mínimo exigido de 270 votos em 538 para ser declarado oficialmente o Presidente.

A relação de Trump com Barr esfriou na última semana, depois de a 1 de dezembro o procurador-geral ter declarado que o Departamento da Justiça não tinha encontrado quaisquer evidências de fraude eleitoral que pudessem alterar o resultado das eleições.

Donald Trump, assim como a sua família, a candidatura e também os seus apoiantes, estão a fazer eco destas alegações infundadas desde que as primeiras projeções apontavam a vitória de Biden.

Os comentários de Barr contradisseram os esforços de Trump de subverter os resultados eleitorais e de bloquear a transição de administrações na Casa Branca.

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