Theresa May admite alargar o período de transição para o brexit

Transição deverá acabar no final de 2020, mas principal negociador do brexit da União Europeia sugeriu que se estenda até final de 2021. Primeira-ministra admite apenas "alguns meses", mas diz esperar que não seja necessário.
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A primeira-ministra britânica, Theresa May, não exclui a hipótese de alargar o período de transição do brexit "por alguns meses". Algo que os seus críticos já rejeitaram, considerando que isso seria uma "traição".

"Surgiu uma nova ideia, e é só uma ideia neste momento, que é criar uma opção para alargar o período de implementação por alguns meses, e seria apenas por uma questão de meses", disse May esta quinta-feira. "Mas neste momento isso não é esperado, porque estamos a trabalhar para garantir que temos uma futura relação preparada no final de dezembro de 2020", acrescentou.

A data prevista para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) é 29 de março de 2019 e o período de transição deveria acabar no final de 2020. Mas o principal negociador do brexit da UE, Michel Barnier, sugere que este pode ser alargado um ano, até ao fim de 2021.

A menos de seis meses da data do brexit, as negociações entre Londres e Bruxelas estão num impasse por causa da situação da fronteira entre a Irlanda do Norte (uma região britânica) e a República da Irlanda. O problema centra-se na ideia de que não haverá o regresso a uma fronteira rígida, mesmo caso não haja acordo em relação à futura relação comercial.

A ideia de alargar o período de transição não agrada a todos, com alguns deputados trabalhistas a rejeitar continuarem ligados às regras da União Europeia durante mais tempo.

Theresa May "brinca com o fogo", comentou o tabloide conservador britânico The Sun, alegando que é tempo da primeira-ministra "dizer finalmente não a Bruxelas e recuperar o controlo".

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