Tailândia. Rei nomeia concubina real frente à mulher

Esposa do monarca assistiu à cerimónia que teve honras de transmissão televisiva. A poligamia no país é assim aceite publicamente.

O Rei da Tailândia nomeou a sua amante como consorte real. A mulher de Maha Vajitalongkorn assistiu à cerimónia de investidura da concubina do marido - a monarquia moderna daquele país asiático admite assim, publicamente, a poligamia. E isso acontece quando ainda não passaram três meses sobre o casamento do monarca com Suthida Vajiralongkorn, chefe-adjunta do seu corpo de guarda-costas e antiga comissária de bordo da Thai Airways.

A cerimónia da atribuição do estatuto de chao khun phra (ou consorte real) a Sineenat Wongvajirapakdi teve honras de transmissão televisiva. E aconteceu no domingo, no mesmo dia em que o rei cumpriu 67 anos. Com a rainha Suthida sentada ao seu lado no trono, o monarca verteu água sobre a cabeça de Sineenat e esta teve de cumprir o ritual centenário da prostração.

Com o posto de major-general, a concubina do rei - que também pertencia à equipa de guarda-costas - foi igualmente homenageada com quatro medalhas - a "ordem mais nobre da coroa da Tailândia" e a "ordem mais exaltada do elefante branco, classe especial". Antes, Sineenat tinha sido enfermeira no hospital militar.

Maha Vajiralongkorn foi coroado rei em maio, embora o seu pai, Bhumibol Adulyadej, tenha morrido três anos antes. Até 2016, era praticamente um desconhecido, devido aos longos períodos que passava no estrangeiro. Chegou a ser vistoa exibir tatuagens falsas e, desde o início, tudo apontava para que fosse um defensor do despotismo e da concentração de poder.

A prova disso foi a imagem da sua esposa, no dia do casamento, completamente prostrada diante de si. O ritual da prostração tinha sido abolido em 1873 pelo rei Chulalongkorn, porque o considerava "excessivamente humilhante". Bhumibol, que iniciou o seu reinado numa época de fragilidade paraa monarquia, trouxe o ritual de volta.

Segundo a tradição, os reis tailandeses têm uma condição divina e por isso é preciso mostrar-lhes subjugação completa. Bhumibol, que iniciou o seu reinado numa época de fragilidade para a monarquia, trouxe de volta o ritual que é hoje praticado como um gesto de respeito perante os soberanos.

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