Suspeito chave dos atentados de Paris continua sem falar
Várias vezes interrogado desde que foi transferido da Bélgica para França no final de abril, o suspeito chave dos atentados que causaram 130 mortos em Paris e em Saint-Denis (subúrbio a norte) sempre se recusou a falar.
Hoje, Abdeslam também não pediu um novo advogado.
Em meados de outubro, os seus advogados renunciaram à defesa com "a convicção de que não falará". Segundo eles, as condições de detenção do seu antigo cliente, em isolamento e sob vídeo vigilância 24/24 horas, explicam o seu silêncio face aos juízes.
Não se sabe com clareza qual foi o papel nos atentados de Salah Abdeslam, 27 anos, mas ele é acusado de ter acompanhado os três suicidas que se fizeram explodir junto ao Estádio de França, a norte de Paris.
Próximo do belga Abdelhamid Abaaoud, presumível organizador dos ataques, também desempenhou um papel logístico, alugando veículos e esconderijos na região parisiense.
Terá ainda acompanhado através da Europa 10 'jihadistas' vindos das zonas de combate no Iraque e na Síria e na maioria suspeitos de estarem envolvidos nos ataques de Paris e de Bruxelas, a 22 de março, segundo uma nota dos serviços de informação húngaros e elementos do inquérito dos juízes franceses.
Salah Abdeslam foi detido a 18 de março no bairro de Molenbeek em Bruxelas, após quatro meses em fuga.