Presidente sul-coreana defende acordo com Japão sobre "mulheres de conforto"

O acordo, que inclui um pedido de desculpas e uma compensação, foi alcançado em dezembro

A Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, defendeu hoje o acordo histórico alcançado com o Japão sobre as escravas sexuais coreanas da II Guerra Mundial, afirmando que o seu governo enfrentou um "problema difícil" fintado pelos seus antecessores.

"Não podemos ficar sempre 100% satisfeitos em negociações, porque há vários constrangimentos práticos", disse a chefe de Estado sul-coreana na sua conferência de imprensa anual, em referência ao acordo com o Japão, que dividiu a opinião pública.

Ao abrigo do acordo, alcançado em dezembro, o Japão ofereceu um pedido de desculpa e um fundo de compensação de mil milhões de ienes (cerca de 7,6 milhões de euros) para as "mulheres de conforto" - eufemismo pelo qual se designam as mulheres coreanas obrigadas a prostituírem-se pelo exército nipónico durante a ocupação japonesa (1910-1945).

Tanto Seul como Tóquio descreveram o acordo como "final e irreversível".

"Foi um problema muito difícil com o qual os anteriores governos não souberam lidar de forma adequada", disse Park Geun-Hye, advertindo os políticos japoneses e os meios de comunicação para a possibilidade de minarem o acordo.

"É muito difícil convencer o público se houver mais comentários que marcam as vítimas", afirmou.

Este tema minou durante décadas as relações entre a Coreia do Sul e o Japão, mas atualmente, com tão poucas sobreviventes, Park considerou ter chegado a hora de resolver a questão,

Estima-se que cerca de 200 mil mulheres tenham sido forçadas a prestar serviços sexuais a membros das tropas nipónicas, a maioria delas na China e na península coreana, entre os anos 30 do século passado e o final da II Guerra Mundial, em 1945.

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