Autoridades não confirmam mortes em prédio que desabou em Fortaleza
O governo do Estado brasileiro do Ceará estimou que 18 pessoas estavam no prédio que desabou em Fortaleza na manhã de terça-feira, tendo confirmado o resgate de nove pessoas com vida sem mencionar a existência de um morto, ao contrário do que tinha sido avançado pelas autoridades após a queda do prédio.
Num comunicado divulgado na noite de terça-feira, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará contraria uma informação dada pela sua assessoria de comunicação à Lusa sobre a existência de uma vítima mortal, referindo apenas que "no momento do acidente 18 pessoas estavam no prédio que desabou e nas imediações" e "até agora foram realizados nove resgates de vítimas com vida."
A secretaria acrescenta que "todo o trabalho de resgate às vítimas do desabamento do prédio no bairro Dionísio Torres se mantém ininterrupto".
O governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou à imprensa local ao início da noite que não havia a confirmação de nenhuma morte no desabamento, sem esclarecer a divergência entre as informações anteriormente divulgadas.
Os próprios bombeiros do Ceará voltaram atrás com a informação dada anteriormente sobre a existência de um morto entre os escombros e, ao início da noite em Portugal, referiam não ter sido encontrada qualquer vítima mortal até ao momento, falando em nove pessoas resgatadas com vida e outras nove ainda desaparecidas.
Segundo testemunhas, o prédio residencial de sete andares, localizado numa área valorizada de Fortaleza, desabou por volta das 10:30 da manhã (14:30 em Lisboa).
Vizinhos e familiares dos moradores deslocaram-se para a proximidade do local à procura de informações.
Os bombeiros isolaram a área e as causas do acidente já estão a ser investigadas.
Em abril deste ano, o colapso de dois edifícios numa área periférica do Rio de Janeiro provocou 12 de mortos e expôs o problema de edifícios ilegais no Brasil.
As propriedades foram construídas irregularmente numa área de difícil acesso no bairro de Muzema, na parte oeste do Rio de Janeiro, e controladas por milícias (grupos formados por polícias e ex-agentes da polícia).