Não há conhecimento de portugueses entre as vitimas. Mas há quem queira regressar a Portugal
Um cidadão português, a morar há um ano no Líbano, pediu ajuda para regressar a Portugal após as explosões que atingiram a capital libanesa, Beirute, na terça-feira, disse hoje à Lusa fonte oficial.
De acordo com fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, o português, "casado com uma libanesa, pediu que o processo para o seu regresso fosse acelerado, uma vez que a mulher precisa de visto".
A mesma fonte precisou que a fachada do prédio onde vive este português, na capital libanesa, bem como o rés-do-chão e o primeiro andar ficaram destruídos, mas "a sua habitação está intacta".
O ministro Augusto Santos Silva informou que "à hora em que falamos, não temos, felizmente, notícia de nenhum português que tenha sido vítima destas explosões".
"Nenhuma informação nos chegou até agora, seja através da embaixada de Portugal no Líbano, que é a embaixada em Nicósia, quer através do cônsul honorário de Portugal em Beirute, quer através do gabinete de emergência consular", acrescentou.
Segundo o ministro, a embaixada de Portugal contactou já os cerca de 40 portugueses inscritos no registo consular, uma dezena dos quais responderam, "todos eles indicando que não tiveram nenhum problema físico".
Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando mais de uma centena de mortos e mais de 4.000 feridos, segundo o último balanço feito pela Cruz Vermelha.
As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.