A avaliar pelos discursos proferidos pelos chefes do Estado na sessão de abertura do encontro, a cimeira da ilha do Sal marca uma viragem estratégica no posicionamento da CPLP, comunidade que deverá agora centrar-se nos cidadãos, na cultura, na educação e na inovação..Depois de aprovada na terça-feira a agenda da sessão, o tempo que resta da cimeira será dedicado à discussão e à aprovação de várias propostas que passaram pelo crivo do conselho de ministros da CPLP. A situação politica e social na Guiné Equatorial é um dos assuntos em cima da mesa..Os chefes do Estado e do governo vão analisar o nível de cumprimento por parte de Malabo do roteiro de adesão plena à CPLP. Já na terça-feira, em antecipação, o chefe do Estado Teodoro Obiang enumerou os avanços que considera que o país tem conhecido nos últimos quatro anos e pediu o apoio da comunidade lusófono para ultrapassar alguns desafios.."Após quatro anos da nossa admissão à CPLP o roteiro para a nossa integração tem sido seguido de forma paulatina e seguro. Para isso é necessário o apoio e a colaboração dos Estados membros da comunidade, pois implica o uso da língua portuguesa pelos nossos cidadãos", declarou, falando em português, o presidente da Guiné-Equatorial, que está no poder desde 1979. O país, ex-colónia espanhola na África Ocidental, comprometeu-se a abolir a pena de morte para aderir à CPLP, mas esta ainda continua na Constituição..A assinatura da declaração final da cimeira da CPLP está prevista para as 16.00 de Cabo Verde, 18.00 em Lisboa, devendo acontecer, logo de seguida, uma conferência de imprensa com a presença de todos os chefes do Estado e do governo presentes na ilha do Sal..Na ilha do Sal, Cabo Verde