No Reino Unido, só 22% das pessoas que testaram positivo tinham sintomas
A maioria das pessoas que testou positivo ao novo coronavírus no Reino Unido não tinha sintomas da doença no dia em que realizou o teste. Apenas 22% das pessoas que tiveram um teste com resultado positivo relataram ter sintomas no dia do teste, de acordo com um estudo do Office for National Statistics (ONS) britânico.
Estes dados vêm realçar a importância da "transmissão assintomática", a disseminação do vírus por pessoas que não sabem que são portadoras.
O pessoal que integra equipas de saúde e assistência social parece estar mais sujeito a ter um resultado positivo à Covid-19, de acordo com os dados recolhidos, citados pela BBC.
Apesar da pesquisa do ONS incluir um número relativamente pequeno de testes de zaragatoa (120 infeções no total), o que dificulta conclusões sobre quem é mais provável estar infetado, existem alguns padrões nos dados.
Quem desempenha funções de assistência social ou de saúde e trabalha fora de casa em geral tem maior probabilidade de ter um teste positivo.
As pessoas de minorias étnicas estão mais propensas a ter um teste de anticorpos positivo, o que indica que houve uma infeção passada.
As pessoas brancas são as menos propensas, proporcionalmente, a testar positivo a anticorpos.
Há ainda algumas evidências de que as pessoas que residem em habitações com famílias maiores têm maior hipótese de serem positivas do que aquelas com famílias menores.
Embora os homens tenham maior probabilidade de morrer de coronavírus do que as mulheres, este estudo inglês não encontrou diferença na probabilidade de contrair a infeção.
Os números são baseados em testes de pessoas selecionadas aleatoriamente em habitações na Inglaterra. Pessoas que vivem em casas de repouso ou outras instituições não foram incluídas neste estudo.
Enquanto 22% no estudo relataram ter sintomas no dia do teste, um grupo maior - um terço (33%) das pessoas que testaram positivo - disse não sentir sintomas no momento do teste, tal como no teste anterior ou subsequente.
Esse grupo inclui pessoas "pré-sintomáticas" e "assintomáticas", aquelas que nunca desenvolvem sintomas visíveis.