Morreu esmagado pelo caixão da mãe

O acidente decorreu durante uma cerimónia fúnebre típica dos indígenas Torajan, enquanto cerca de 20 homens, entre eles a vítima, Samen Kondorura, de 40 anos, carregavam o caixão até uma torre
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Um homem indonésio de 40 anos morreu na sexta-feira esmagado pelo caixão da própria mãe quando este caiu de uma torre funerária a cerca de três metros do chão, na ilha de Sulawesi, informou a polícia no domingo, citada pela agência France Presse.

O acidente decorreu durante uma cerimónia fúnebre típica dos indígenas Torajan, enquanto cerca de 20 homens, entre eles a vítima, Samen Kondorura, carregavam o caixão. A escada de bambu que levava à torre moveu-se e, na queda, os homens perderam o controlo sobre o caixão, que acabaria por causar a morte de Kondorura já a caminho do hospital, segundo a NDTV.

A história, que aconteceu no vale Parinding, onde vivem cerca de 500 mil Torajan, a maioria cristã, segundo a National Geographic , é de tal maneira inusitada que teve a atenção de órgãos internacionais como o Washinton Post e o Guardian.

A família já fez saber que não apresentará queixa. Resta-lhe agora cumprir o luto de mais um familiar, processo esse que é bem diferente daquele que ocorre no mundo ocidental. Para os Torajan, do norte da Indonésia, a morte tem uma dimensão bastante peculiar.

Os cadáveres são mumificados e permanecem em casa dos familiares durante anos. Ali são limpos e alimentados por quem também conversa com eles. Só depois são enterrados, numa cerimónia exuberante para que muitos poupam dinheiro toda a vida. Ao longo de vários dias há danças, música, e sacrifício de animais. Um dos pontos-chave do processo fúnebre é aquele onde este acidente ocorreu, em que o caixão é içado até à torre a que os Torajan chamam lakkian. Mesmo depois de enterrados, os corpos são exumados várias vezes para serem limpos e cuidados.

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