Ministro inglês defende confisco de bens de oligarcas russos corruptos

As autoridades britânicas estimam que cerca de 90 milhões de libras esterlinas (102 milhões de euros) de fundos ilegais sejam branqueados todos os anos no país
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Os oligarcas russos suspeitos de corrupção devem explicar a origem das suas fortunas, sob pena de terem os seus bens confiscados no âmbito do combate ao crime organizado, defendeu hoje o ministro inglês da Segurança.

Ben Wallace avisou que o Governo britânico recorrerá a um novo procedimento legal, aprovado esta semana, que permite apreender os bens dos suspeitos, com valor superior a 50 mil libras, que só serão devolvidos depois de a sua proveniência ter sido devidamente explicada.

Em entrvista ao The Times, o ministro manifestou a intenção de usar "toda a força governamental" para lidar com "políticos corruptos e criminosos internacionais" que usam a Grã-Bretanha como refúgio. "Nós chegaremos até vocês, até aos vossos bens e tornaremos a vossa vida muito difícil", avisou Bem Wallace.

As autoridades estimam que cerca de 90 milhões de libras esterlinas (102 milhões de euros) de fundos ilegais sejam branqueados todos os anos na Grã-Bretanha.

Sobre a Rússia, o ministro lembrou que um inquérito levado a cabo em 2017 por uma organização oficial de combate ao crime organizado e por uma dezena de jornais europeus concluiu que diversas sociedades fantasmas - muitas delas sedeadas na Grã-Bretanha - são usadas para branquear dinheiro de oligarcas através de bancos ocidentais.

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