Ministra alemã defende o uso de burkinis nas escolas

O fato de banho criado para muçulmanos é fator de integração na escola, defende a social-democrata

A ministra alemã Franziska Giffey defendeu o uso de burkinis nas escolas como fator de integração."A coisa mais importante é o bem-estar das crianças e isso inclui saberem nadar", disse a governante com a pasta da Família, citada pela Deutsche Welle.

Para Giffey justifica-se que esta peça de vestuário, criada há poucos anos, e que cobre todo o corpo exceto os pés, mãos e cara, seja usada nas aulas de natação das escolas. E até que os burkinis sejam emprestados pelas escolas a estudantes que de outra forma não teriam possibilidade de aprender.


Mas a opinião da ministra social-democrata está longe de reunir consenso. A ministra da Agricultura, a conservadora Julia Klöckner, afirmou que o uso do burkini iria aprofundar um "entendimento misógino num lugar onde crianças e adolescentes deviam aprender o oposto". Opinião semelhante tem a vice-ministra da Integração do estado da Renânia do Norte-Vestefália. Para Serap Güler, dirigente de ascendência turca, é um "sinal errado" e "uma confusão sobre a tolerância".

O assunto veio à tona na sequência de uma escola daquele estado, na cidade de Herne, estar a distribuir burkinis a meninas muçulmanas cujos pais ameaçaram retirá-las das aulas de natação.

O burkini - palavra nascida de burca e biquini, não sendo nem uma coisa nem outra - foi criado há pouco mais de uma década por uma designer australiana de ascendência libanesa, Aheda Zanetti.

A sua utilização na Europa, e em especial em França, causa controvérsia. Em 2016, e na sequência do ataque terrorista em Nice, foi proibida por alguns municípios, tendo sido invocado o "perigo de ordem pública". O Conselho de Estado, porém, acabou por invalidar a proibição porque não viola a proibição do véu integral.

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