Melania Trump fala sobre Donald, imigração e ser "mãe a tempo inteiro"

Na primeira entrevista a solo, a ex-modelo eslovena explica que diz sempre o que pensa: "Umas vezes ele ouve, outras não".
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Foi no cenário dourado da penthouse da Torre Trump que Melania Trump deu a primeira entrevista a sós desde o início da campanha do marido para as presidenciais de 8 de novembro nos EUA. A ex-modelo de origem eslovena confessou na MSNBC que como imigrante sempre respeitou a lei. Confessando ser "mãe a tempo inteiro" do filho Barron, de 10 anos, Melania admitiu ainda que nem sempre concorda com Donald Trump e que lhe dá sempre a sua opinião sobre tudo.

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Conhecida por se ter mantido à margem da campanha presidencial, Melania Trump parece ter cedido à pressão. Inquirida no programa Morning Joe pela jornalista Mika Brzezinski, a mulher do favorito à nomeação republicana garantiu que apoia o marido "a 100%". E confrontada com algumas das declarações mais polémicas do magnata do imobiliário que dá nome à torre onde decorreu a entrevista, Melania explicou que quando acusou os imigrantes mexicanos de serem violadores e traficantes, Donald estava a falar apenas dos imigrantes ilegais. "Ele não queria insultar os mexicanos", sublinhou a antiga modelo, formada em Design e Arquitetura na Eslovénia. E acrescentou que "passadas umas semanas, e depois de o humilharem nos media, acabaram por mudar de ideias" e dar razão a Trump.

Questionada quanto ao facto de ela própria ser uma imigrante, Melania lembrou, num inglês ainda com um leve sotaque, que "sempre respeitei a lei". Nascida e criada na Eslovénia (então parte da Jugoslávia comunista), depois dos estudos Melania, hoje com 45 anos, seguiu os passos da mãe no mundo da moda. Viveu em Milão e Paris, antes de se mudar para Nova Iorque em 1996. Aí conheceu Trump, com quem casou em 2005, um ano antes de se tornar cidadã americana.

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Fluente em várias línguas, entre elas inglês, esloveno, francês, italiano ou alemão, Melania garantiu que os Trump têm "as costas largas", estando preparados para as críticas duras que têm recebido. Quanto à linguagem menos própria por vezes usada pelo marido, Melania admite: "Se concordo sempre com ele? Não. E digo-lhe isso. Digo-lhe as minhas opiniões. Digo-lhe o que penso. Umas vezes ele ouve, outras não."

Debate

Com a superterça-feira 1 de março a aproximar-se (14 estados a votos), a corrida republicana aquece. Sobretudo porque depois da vitória no Nevada, Trump está cada vez mais perto da nomeação. Para ontem à noite no Texas (madrugada de hoje em Portugal) estava marcado o último debate republicano antes das próximas primárias. E antes do confronto, a Fox News admitia que os adversário do magnata pareciam mais preocupados em atacar-se uns aos outros do que em criticar Trump. O objetivo? Conseguir que os outros candidatos desistam da corrida, aumentando assim as suas possibilidades de se tornar o único capaz de travar Trump. Ted Cruz e Marco Rubio, segundo e terceiro no Nevada, são os que parecem ter mais hipóteses de o fazer.

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