Líder de Hong Kong quer reunir-se com estudantes

A chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, convidou estudantes universitários para um encontro, depois da invasão do parlamento e a carga policial contra manifestantes.
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Numa tentativa de diminuir a tensão das últimas semanas, a chefe do executivo de Hong Kong pediu um encontro com os estudantes universitários da cidade, informou esta quinta-feira o gabinete de Carrie Lam.

O pedido acontece depois da invasão do parlamento na segunda-feira, dia em que se assinalou o 22º aniversário da transferência de soberania da antiga colónia inglesa para a China. Esse foi, aliás, um dia marcado por cenas de violência depois das manifestações pacíficas contra a polémica lei da extradição, que acabou por ser suspensa.

A proposta de lei permitiria que a chefe do executivo e os tribunais de Hong Kong processassem pedidos de extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental, o que levou milhões de pessoas às ruas.

Apesar da suspensão da lei, os protestos continuaram em Hong Kong com os manifestantes a exigir a retirada completa do projeto lei e a demissão de Carrie Lam.

Estudantes recusam encontro

Agora a chefe do executivo tenta uma aproximação com os manifestantes. "A presidente-executiva começou recentemente a convidar jovens de diferentes origens para uma reunião, incluindo estudantes universitários e jovens que participaram nos protestos recentes", refere um porta-voz de Lam, em comunicado, citado pela Reuters.

Os estudantes de uma das maiores universidade de Hong Kong já recusaram o convite da chefe do executivo da cidade. Justificam que Carrie Lam solicitou uma reunião à porta fechada. "O diálogo deve ser aberto a todos os cidadãos de Hong Kong para permitir que todos tenham o direito de falar", defenderam, em comunicado, os alunos da Universidade de Ciência e Tecnologia.

O executivo espera que os estudantes mudem de opinião e justificou o encontro de "pequena escala" à porta fechada para "facilitar a troca de opiniões".

Os estudantes da Universidade Chinesa de Hong Kong ainda não tomaram uma posição relativamente ao convite de Carrie Lam.

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