Justiça investiga subornos a petrolíferas do Brasil, Angola e Guiné Equatorial
Os subornos terão envolvido altos quadros da Petrobras, Sonangol e da GEPetrol
Dois antigos quadros de uma empresa holandesa de serviços de petróleo assumiram perante a Justiça norte-americana que pagaram subornos a funcionários das petrolíferas estatais do Brasil, Angola e Guiné Equatorial, algures entre 1996 e 2012.
Em causa está a atividade da Oil Services Company e alegados atos de suborno praticados por Anthony Mace, britânico de 65 anos, na altura diretor executivo da empresa e responsável da subsidiária da companhia nos Estados Unidos, e Robert Zubiate, norte-americano de 66 anos, responsável pela área de vendas e marketing na mesma subsidiária, com sede em Houston.
Ambos foram ouvidos por um procurador norte-americano, em Houston, Texas, entre 06 e 09 de novembro, e declararam-se culpados por violação da Foreign Corrupt Pratices Act (FCPA) - legislação anticorrupção transnacional dos Estados Unidos -, "pelos seus papéis num esquema de suborno" no Brasil, Angola e Guiné Equatorial, indica uma informação do Departamento de Estado, consultada hoje pela Lusa.
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Os subornos terão envolvido altos quadros da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) e da Petroléos de Guinea Ecuatorial (GEPetrol).
No caso da GEPetrol, um dos acusados admitiu pagamentos a cinco pessoas, totalizando 16 milhões de dólares (13,7 milhões de euros) em subornos, feitos através da subsidiária norte-americana da Oil Services Company.
A leitura da sentença está marcada para 31 de janeiro e 02 de fevereiro, no tribunal de Houston.