Jess Phllips é a mais jovem candidata à liderança do Partido Trabalhista
Há uma nova cara na corrida à liderança do Partido Trabalhista britânico. Jess Phillips, deputada de 38 anos, anunciou que é candidata a substituir Jeremy Corbyn como líder do Labour.
A deputada de Birmingham Yardley irá disputar o partido com Emily Thornberry e Clive Lewis, os dois candidatos já confirmados. Mas a luta pode ser mais ampla, já que há uma série de deputados trabalhistas que ainda ponderam avançar, como são os casos de Keir Starmer, Rebecca Long-Bailey e Lisa Nandy. Jeremy Corbyn deve deixar o cargo após a derrota do partido no mês passado, de forma estrondosa, ao permitir que os Conservadores de Boris Johnson obtivessem a maioria.
Aos 38 anos, Phillips é a deputada trabalhista mais jovem a candidatar-se à liderança. Fez campanha contra o Brexit, apesar de no círculo eleitoral em Birmingham Yardley, que representa desde que se tornou deputada em 2015, a vitória no referendo de 2016 foi para a saída da União Europeia.
Anunciando a sua candidatura à liderança em Grimsby, onde o Partido Trabalhista também perdeu para os conservadores nas eleições de dezembro, Jess Phillips disse que "algo precisa mudar" e que resolveu avançar "porque é preciso mais honestidade na política".
Phillips reconheceu que a campanha "não será necessariamente uma luta fácil", mas considera que os membros do Partido Trabalhista estão "prontos para tentar algo diferente".
A deputada, que sempre foi uma crítica da liderança de Corbyn, afirma que o Labour precisa de um líder que "fale a verdade" e seja capaz de enfrentar o primeiro-ministro Boris Johnson. "Sou capaz de alcançar as pessoas e consigo que confiem em mim, mesmo quando não concordam comigo. Acho que é disso que a política precisa."
Um dos objetivos é recuperar o apoio entre a base tradicional dos Trabalhistas, os eleitores da classe trabalhadora. Phillips quer também inverter a tendência de discriminação da direção de Corbyn e criticou a resposta "lamentável" aos casos anti-semitismo dentro do partido.
De acordo com as regras atuais, os candidatos para os cargos de líder e vice-líder devem primeiro ser indicados por mais de 20 deputados.