Irlandesa acredita ter sido violada no Algarve pelo suspeito do rapto de Maddie McCann
A mulher, Hazel Behan, que em 2004 trabalhava em turismo na Praia da Rocha, no Algarve, foi violada por um homem que nunca foi descoberto.
Na semana passada, a polícia alemã revelou a identidade de um novo suspeito no caso do desaparecimento de Madeleine McCann, o alemão Christian Brueckner, de 43 anos, acusado de vários crimes sexuais, entre os quais o de ter também atacado e raptado uma norte-americana de 72 anos, em Portugal, em setembro de 2005.
Com estas informações, a irlandesa Hazel Behan, que renunciou do direito a anonimato, divulgou ao jornal britânico The Guardian que "as táticas, os métodos usados por Brueckner" no caso da violação à septuagenária norte-americana lembraram-na da experiência pelo qual passou.
"Vomitei quando li sobre o que fez e levou-me a recordar aquilo pelo que passei", disse ao The Guardian.
Na noite que foi agredida, diz ter acordado de noite com alguém a chamar por ela. Viu um homem com cerca de 1,80 m com uma máscara a cobrir o rosto e uma faca de cerca de 12 polegadas.
Divulgou ainda que o homem falou com ela num inglês com sotaque germânico. Apesar da máscara, conseguiu ver que ele tinha sobrancelhas loiras e olhos azuis. A irlandesa disse ainda que o homem tinha uma marca na coxa direita que podia ser uma marca de nascença, uma tatuagem ou um puxão" - dados que parecem coincidir com as descrições do suspeito do rapto de Madeleine McCann divulgados pelos media alemães.
A irlandesa que, segundo o jornal The Independent foi aconselhada na altura a não falar para não trazer má publicidade para o resort onde trabalhava, permaneceu em silêncio até que leu a história de uma norte-americana que também foi violada no Algarve em 2005 e e viu a possível ligação com o novo suspeito do rapto de Maddie McCann, "Fiquei cheia de raiva e decidi que tinha de falar sobre o que se passou comigo", disse.
A mulher irlandesa já prestou depoimentos à Polícia Metropolitana de Londres, que a informou que vai entrar em contacto com a polícia portuguesa sobre o seu caso. A polícia inglesa não fez comentários, mas pediu para quem tenha mais informações que as partilhe com as autoridades.