Trump vai proibir que viajantes tragam computadores em voos de certos países

Medida deverá ser anunciada esta segunda-feira. Passageiros poderão levar aparelhos grandes, como tablets ou computadores portáteis, na bagagem de porão
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As autoridades norte-americanas estão a planear proibir que passageiros de entrar em aviões para os EUA com aparelhos eletrónicos grandes, como por exemplo um computador, em resposta a uma ameaça terrorista não especificada, diz a Reuters esta segunda-feira, citando fontes da administração americana sob anonimato.

É esperado o anúncio desta regra já esta segunda-feira pelo Departamento de Segurança Nacional, de acordo com as mesmas fontes, que acrescentam que a ideia tem sido considerada desde que o governo norte-americano identificou uma ameaça há algumas semanas.

A regra inclui cerca de uma dúzia de companhias aéreas não norte-americanas, incluindo algumas do Médio Oriente. Incluirá também empresas da Jordânia e da Arábia Saudita.

A medida não visa nenhuma empresa dos EUA, e será aplicada em aparelhos que sejam maiores que um telemóvel. Os passageiros poderão levar aparelhos maiores, como tablets ou computadores portáteis na bagagem de porão.

A Royal Jordanian Airlines disse no Twitter, esta segunda-feira, que passageiros a viajarem para os EUA veriam a maioria dos seus aparelhos eletrónicos serem barrados à entrada para os aviões, a pedido da administração norte-americana, já a partir de terça-feira. Mesmo aqueles que passem pelo Canadá. No entanto, os passageiros continuam a poder levar telemóveis e aparelhos médicos aprovados.

O jornal Al Riyadh, que é próximo do governo saudita, reportou que a autoridade para a aviação civil informou os aviões que partem dos aeroportos da Arábia Saudita da medida. E que "os passageiros devem colocar computadores portáteis e tablets" na bagagem de porão. O mesmo jornal diz que as medidas vieram dos EUA diretamente para o ministro do Interior saudita.

A Saudia Airlines também confirmou no Twitter que as autoridades norte-americanas baniram aparelhos da bagagem de cabine.

A Casa Branca recusa comentar o sucedido e David Lapan, porta-voz do Departamento de Segurança Nacional norte-americano, diz que a agência "não comenta potenciais medidas de precaução e segurança, mas irá dar atualizações quando for apropriado". O secretário John Kelly chamou os legisladores no congresso no passado fim de semana para os notificar do plano.

Em julho de 2014, o Departamento de Segurança Nacional atuou diretamente na segurança dos aeroportos ao requerer um controlo mais apertado dos telemóveis e outros aparelhos eletrónicos, pedindo que fossem ligados antes de os passageiros entrarem a bordo e a viajarem para os EUA.

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