Trump vai assinar ordem executiva a promover inteligência artificial. Mas não lhe destina fundos
Espera-se que o presidente dos EUA, Donald Trump, assine uma ordem executiva na segunda-feira com o propósito de estimular o desenvolvimento e a regulamentação da inteligência artificial, tecnologia que muitos especialistas acreditam que definirá o futuro.
Segundo o The New York Times, o pedido à administração de Trump para tornar o desenvolvimento da inteligência artificial uma prioridade não é novo e vem de especialistas da indústria por todo o país. A preocupação com o atraso dos Estados Unidos em relação à China e a outros países já era sentida desde a primavera passada, a ponto de Jim Mattis, então secretário da Defesa, ter enviado um memorando à Casa Branca solicitando uma estratégia nacional sobre a inteligência artificial.
Agora, Donald Trump está prestes a dar esse passo, embora possa não ser tão ousado como alguns esperavam.
Esta ordem executiva visa educar melhor os trabalhadores, melhorar o acesso aos serviços de computação, os dados necessários para construir sistemas de inteligência artificial e promover a cooperação com potências estrangeiras, segundo uma autoridade do governo. O que a ordem executiva não visa é a reserva de fundos para a pesquisa e desenvolvimento de inteligência artificial e a administração forneceu poucos pormenores sobre como pôr em prática as suas novas políticas, segundo The New York Times.
A razão por detrás desta corrida pela inteligência artificial é a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. E mesmo que empresas americanas como a Google e a Amazon sejam agora líderes no campo da inteligência artificial, os especialistas norte-americanos estão preocupados que a China possa superar os Estados Unidos no desenvolvimento de tecnologias que alimentem sistemas de vigilância e armas autónomas, assim como carros que se conduzam sozinhos e uma maior gama de serviços de internet.
O aumento dos investimentos na inteligência artificial tem-se verificado no mundo inteiro, Coreia do Sul, Inglaterra, França e Canadá são apenas alguns dos países. Mas o maior exemplo é a China, que em julho de 2017 anunciou um plano para se tornar líder mundial em inteligência artificial, com o objetivo de criar uma indústria de cerca de 135 biliões de euros até 2030.