Trump promete não construir um arranha-céus na Gronelândia

O presidente dos EUA já disse que seria interessante comprar a ilha da Gronelândia, o que motivou críticas e gargalhadas. Agora, promete que não será para construir uma torre Trump, apesar de o filho Eric dizer: "adoro a ideia".
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Esta segunda-feira à noite, Trump twittou uma fotomontagem de uma cidade costeira com casas pequenas e, na primeira linha do mar, um arranha-céus dourado com o seu nome. Dizia o post: "Prometo não fazer isto à Gronelândia".

Já o filho Eric Trump publicou a mesma foto no Instagram, com a legenda: "Não sei o que pensam, mas adoro a ideia de comprar a Gronelândia"

Vem tudo isto a propósito de uma notícia do Wall Street Journal, a semana passada, que dava conta do interesse de Donald Trump em comprar a ilha da Gronelândia, um território autónomo da Dinamarca situado no Ártico e onde os EUA têm uma base militar.

Domingo, num encontro com jornalista, Trump disse: "Estrategicamente, é interessante, mas temos de falar com eles. A notícia foi recebida com indignação, mas também incredulidade, na Groenlândia e na Dinamarca. "Acho que ele é louco", disse um habitante da ilha gelada (com 56 mil residentes) à CBS. Outro criticou o tom "paternalista" da proposta.

As reações oficiais não foram melhores. "Estamos abertos aos negócios, mas não estamos à venda", disse o ministro das Relações Exteriores da Groenlândia, Ane Lone Bagger. "A Groenlândia pertence à Groenlândia", sublinhou Mette Frederiksen, o primeiro-ministro dinamarquês, sublinhando: "Espero que isso não seja sério."

Trump tem programada uma visita à Dinamarca em setembro, como parte de uma viagem à Europa.

Mas a ideia não é nova. Em 1946, o então presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, quis comprar a Gronelândia à Dinamarca por 100 milhões de dólares. Mas os EUA já fizeram negócios com a Dinamarca nesta área, quando compraram as Índias Ocidentais dinamarquesas, rebatizadas de Ilhas Virgens Americanas.

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