Trump diz que ganhará em 2020 com vantagem maior do que em 2016
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse diante de uma multidão conservadora que irá conquistar a reeleição em 2020 com uma vantagem maior do que a que alcançou em 2016, face à democrata Hillary Clinton.
Trump discursou durante quase duas horas no encerramento da Conferência de Ação Política Conservadora, em Oxon Hill (Maryland), sendo as suas previsões para as eleições de 2020 sido recebidas com um coro de "USA, USA, USA" (a sigla em inglês para EUA).
"O nosso movimento e o nosso futuro no nosso país é ilimitado", disse o presidente, citado pela agência AP. Quando entrou no palco, Trump abraçou a bandeira norte-americana.
"O mundo respeita o nosso país outra vez. O mundo respeita-nos. E a América está hoje a florescer como nunca. Outros países estão muito mal e isso torna ainda mais difícil para nós termos sucesso", acrescentou Trump.
De regresso aos EUA após a segunda cimeira com o líder norte-coreano Kim Jong-un no Vietname não ter trazido resultados e depois de o seu antigo advogado particular, Michael Cohen, o ter atacado durante o testemunho no Congresso, Trump rodeou-se dos seus apoiantes para mostrar que ainda tem apoios.
"É tão fácil falar porque existe aqui tanto amor", disse Trump, dizendo que nos seus comícios nunca há um lugar vazio, dizendo que a investigação do procurador-especial Robert Mueller, sobre as alegadas relações com a suposta interferência russa nas presidenciais de 2016, é "bullshit", isto é, uma merda.
"Estamos neste pântano que é Washington D.C., mas sabem que mais? Estamos a ganhar, eles não", disse o presidente, que também alega que há agora pessoas no Congresso que "odeio o nosso país". E acusa os democratas que querem investigá-lo de serem pessoas "doentes" que sofrem de "ilusão de conluio".
A certa altura do discurso, Trump disse que estava a sair do guião. "Foi assim que fui eleito, ao sair fora do guião", disse. Mais tarde disse se ia arrepender de ter feito este discurso, que só o devia fazer dentro de um ano, deixando claro que é um discurso eleitoralista.
"O socialismo não é sobre o ambiente, não é sobre justiça, não é sobre virtude. É só sobre uma coisa: poder para a classe governante", avisou, pedindo para que as pessoas olhem para a Venezuela. "O futuro não pertence aos que acreditam no socialismo", defendeu. "A América nunca será um país socialista", disse, com a multidão a voltar a cantar "USA, USA, USA".
Trump anuncia durante o discurso que vai assinar uma ordem executiva que obriga as universidades a defender a liberdade de expressão, sob pena de perderem os apoios federais. O anúncio foi feito depois de ter cedido, por momentos, o palco a Hayden Williams, um ativista conservador que foi agredido quando recrutava estudantes para uma organização conservadora na Universidade da Califórnia em Berkeley.
O presidente também atacou o responsável pela Reserva Federal: "Temos um cavalheiro que gosta de um dólar muito forte à frente da Reserva Federal", disse. "Eu quero um dólar forte, mas quero um dólar que é bom para o nosso país, não um dólar tão forte que é proibitivo para nós fazermos negócio com outras nações."