Terrorista de Londres descrito como agressivo
Darren Osborne, de 47 anos, foi identificado como o autor do atropelamento de fiéis que saíam da mesquita de Finsbury Park, em Londres, na noite de domingo, fazendo um morto e dez feridos. A família está em choque e diz que ele tem problemas, mas nega que seja racista ou terrorista.
"É o pior pesadelo de qualquer mãe", disse ao The Sun Christine, de 72 anos, a mãe do atacante. "O meu filho não é terrorista, é apenas um homem com problemas", acrescentou. A polícia tem uma versão diferente, precisando que este está acusado de crimes relacionados com terrorismo "por ter cometido, preparado ou incitado a um ato de terrorismo, incluindo o homicídio ou tentativa de homicídio".
O comandante da polícia de Londres referiu ainda que este foi claramente um ataque contra muçulmanos. O secretário de Estado para a Segurança, Ben Wallace, esclareceu que Osborne não era conhecido das autoridades e que estas acreditam que atuou sozinho.
Osborne, residente em Pentwyn, a norte de Cardiff, no País de Gales, tem quatro filhos e estará separado da mulher há duas semanas, vivendo desde então numa barraca no bosque, contam os vizinhos. No desemprego, sem profissão definida, vendia e comprava automóveis.
Num comunicado divulgado aos media locais em nome da família, o seu sobrinho Ellis Osborne referia que estão todos "em choque". "É inacreditável, ainda é tudo muito recente. Estamos devastados pelas famílias, os nossos corações estão com aqueles que foram atingidos. É uma loucura. É obviamente uma pura loucura."
Nicola, a irmã de Darren, garante que ele não fala de política e que não é racista. "Nunca o ouvi falar sobre muçulmanos ou ter ideias racistas", afirmou. Segundo testemunhas junto à mesquita de Finsbury Park, Osborne terá gritado "vou matar todos os muçulmanos" antes de atirar a carrinha branca que conduzia contra os fiéis que saíam da mesquita no domingo à noite.
De acordo com a agência de notícias britânica PA, Osborne terá sido expulso de um pub na véspera do ataque devido a comentários contra o Islão. "Pedimos-lhe para sair por estar a gritar coisas sobre o Islão", contou um cliente habitual. "Quando ele entrou disse "eu vou matar todos os malditos dos muçulmanos"", contou a mesma fonte.
Khadijeh Sherizi, uma muçulmana vizinha de Osborne, descreve-o como sendo um homem "cortês" e "normal" que "parecia ser um bom pai". Mas que, no sábado, terá chamado "bastardo" num tom agressivo ao filho de 12 anos e feito o mesmo no dia seguinte à filha de 10 anos.