O primeiro-ministro lituano Saulius Skvernelis, que era candidato e saiu derrotado na primeira volta das eleições presidenciais realizada no domingo, anunciou que se demitirá em julho..Os lituanos foram às urnas para eleger um novo chefe de Estado, já que a atual Presidente, Dalia Grybauskaite, não se pode recandidatar, depois de ter cumprido dois mandatos de cinco anos. Apesar dos resultados serem parciais, contabilizados 83% dos votos, o economista independente Gitanas Nauseda e a ex-ministra das Finanças, Ingrida Simonyte, obtiveram 31,18% e 27,16%, respetivamente, e vão disputar uma segunda volta no dia 26..Saulius Skvernelis, que também se candidatou à presidência, ficou-se pelo terceiro lugar, com 22,26% dos votos, e, perante os resultados, anunciou que abandonará o governo em julho..Todos os candidatos são partidários convictos da União Europeia (UE) e da NATO, considerada uma muralha contra o vizinho russo..Na Lituânia o Presidente não exerce o poder político quotidiano, mas é responsável pela política externa e nomeia os ministros, os chefes militares e responsáveis da banca central, na maioria das vezes após "luz verde" do primeiro-ministro ou do parlamento..Independente após a primeira guerra mundial (1914-1918), a Lituânia foi anexada pela URSS durante a Segunda Guerra Mundial e foi o primeiro país a proclamar a sua independência em 1990, um ano antes da dissolução da União Soviética. É membro da NATO e da UE desde 2004, tendo integrado a zona euro em 2015.