No diário de Barbara Bush, "Trump significa ganância, egoísmo e feio"

É justo dizer que a antiga primeira dama dos Estados Unidos não gostava particularmente do atual inquilino da Casa Branca.
Publicado a
Atualizado a

Um ano depois da sua morte, há nova biografia de Barbara Bush. E, segundo a agência de notícias Associated Press, o livro tem várias entradas do seu diário pessoal. Algumas bastante antigas e bastante ácidas - em que o visado é o atual presidente dos Estados Unidos. A mulher de George Bush pai achava já no milénio passado que Donald Trump era o "verdadeiro símbolo da ganância dos anos oitenta."

Barbara Bush, que tinha 92 anos quando morreu em abril do ano passado, começou a escrever um diário em 1948 e cedeu alguns volumes à jornalista Susan Page, chefe da delegação de Washington do USA Today, que assina The Matriarch: Barbara Bush and the Making of an American Dynasty (A Matriarca: Barbara Bush e o Nascimento de Uma Dinastia Americana).

As primeiras referências a Donald Trump datam dos anos 1990, e recordam uma notícia que ela leu num jornal sobre a presença de Trump num jantar de benificência onde também marcava presença o casal Reagan.

É dois anos mais tarde, quando o atual presidente se divorcia da primeira mulher e anuncia um acordo pré-nupcial de 25 milhões de dólares com a segunda, que Bárbara faz o seu comentário mais mordaz.

"Trump hoje significa ganância, egoísmo e feio. Que triste."

Apesar de também ser republicano, Trump nunca poupou críticas aos Bush. Criticou a decisão de invadir o Iraque que George W. tomou em 2003 e, na opinião de Barbara, fez uma campanha suja contra o seu filho Jeb na nomeação republicana para as presidenciais de 2016.

A AP diz que o livro revela mais algumas revelações, como a carta que Barbara Bush escreveu a Hillary Clinton para congratulá-la por se tornar na primeira dama que passara a ocupar a cadeira principal - e o seu horror ao descobrir que Trump tinha ganho as eleições e não valia a pena colocar a missiva no correio.

Até ao dia da sua morte, revela a biografia, Bárbara Bush tinha na mesinha de cabeceira um relógio branco, azul e vermelho, que no indicador marcava em cronómetro a contagem decrescente até ao final de Donald Trump.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt