Militar na comitiva de Bolsonaro preso com 39 kg de cocaína em Sevilha

Detenção de um sargento de 38 anos efetuada em Sevilha, onde comitiva de suporte ao presidente fez escala antes de chegar ao Japão para participar no G20. Incidente fez Bolsonaro desviar escala para Portugal
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Um sargento da Força Aérea do Brasil (FAB) foi detido nesta terça-feira em Sevilha sob a acusação de transportar 39 quilos de cocaína dentro do avião da equipa de 21 militares que dá suporte à comitiva do presidente Jair Bolsonaro. O avião partiu de Brasília com destino à reunião do G20, em Tóquio, no Japão, mas fez escala no aeroporto da cidade espanhola.

A detenção do militar brasileiro, que será processado pelas autoridades espanholas, ocorreu durante um controlo alfandegário de rotina. A droga estava dividida em 37 pacotes dentro da bagagem de mão do militar, cujas iniciais são M. S. R., tem 38 anos e é casado, segundo as primeiras informações da guarda civil espanhola.

Bolsonaro reagiu, via Twitter, dizendo que determinou que o ministério da defesa brasileiro colaborasse com as autoridades espanholas.

No Brasil, a oposição aproveitou para atacar o governo. Alexandre Padilha, que foi ministro da saúde nos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff, lembrou que um deputado aliado do executivo apresentou um projeto de lei para que estudantes fizessem exames toxicológicos para entrar na universidade. "Eu discordo e acho preconceituoso mas, aproveitando o debate, vou apresentar emenda para exigir o mesmo procedimento em comitivas de aviões presidenciais".

O avião presidencial deveria fazer escala na mesma cidade espanhola, mas depois do incidente com o militar em Sevilha Bolsonaro desviou a escala para Portugal, onde utilizou a base aérea de Figo Maduro.

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