Médicos de Bolsonaro negam "complicações cirúrgicas"

Boletim médico do presidente, que foi operado na segunda-feira para retirar bolsa de colostomia, diz que ele está "sem dor e sem sinais de infeção". Jornal brasileiro dizia que o intestino delgado tinha parado de funcionar.
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O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, continua internado no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, mas os médicos negam que tenha havido complicações da cirurgia que efetuou na segunda-feira para retirar a bolsa de colostomia, que usava desde que foi esfaqueado durante a campanha.

Bolsonaro "encontra-se no sexto dia de pós-operatório, com evolução clínica estável. Está sem dor e sem sinais de infeção. Hoje foi submetido à tomografia de abdomen que descartou complicações cirúrgicas", lê-se no boletim médico que o próprio presidente partilhou no Twitter com a mensagem "Boletim de saúde após a terceira cirurgia passada da tentativa de assassinato sofrida! Vamos sair dessa!"

No sábado, os médicos precisaram colocar uma sonda nasogástrica, depois de o presidente ter sofrido enjoos e vómitos. O jornal A Folha de S. Pauloescreveu que esses sintomas foram provocados por paralisia no intestino delgado, aloegando que os assessores do presidente não tinham dito a verdade quando falaram numa "reação normal" à cirurgia.

De acordo com a mesma fonte, Bolsonaro teria uma condição chamada "íleo paralítico", que ocorre quando o intestino delgado para de contrair, acumula líquido no estômago.

"Têm sites por aí, que ao que parece, o boletim médico não vale nada para eles!", reagiu no Twitter um dos filhos do presidente, Carlos Bolsonaro. Mais cedo, tinha dito que o pai tinha acordado "bem e animado" e agradeceu "aos médicos, enfermeiros fisioterapeutas e todos os envolvidos na sua melhoria".

O presidente mantém a sonda, estando em "jejum oral e nutrição parenteral [modo de administração é feito por qualquer via que não seja a oral ou intestinal] exclusiva". Além disso, segundo o boletim médico assinado pelo cirurgião Anônio Luiz Macedo, pelo cardiologista Leandro Echenique, e pelo diretor do hospital Miguel Cendoroglo, "realiza fisioterapia respiratória e motora no quarto e segue com as medidas de prevenção de trombose venosa".

Bolsonaro mantém-se em funções, tendo entregue a presidência ao seu vice, Hamilton Mourão, durante apenas 48 horas.

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